A Polícia Civil de Mogi Mirim instaurou inquérito para apurar eventual crime de falsificação documental em um caso que envolve a Santa Casa e uma médica da cidade de Mogi Guaçu. Neste caso, tanto o hospital quanto a médica foram vítimas de um suposto falsificador.

O caso se tornou público na semana passada, quando um homem procurou o Pronto Socorro da Santa Casa de Mogi Mirim, com um atestado médico em mãos para ser trocado por outro.
Segundo o homem, aquele atestado apresentava uma rasura e seu local de trabalho não o estaria aceitando. O coordenador do Pronto Socorro, no entanto, desconfiou da veracidade do documento apresentado pelo homem, embora estivesse assinado por um médico e contivesse a logomarca da Santa Casa, sendo assim, um papel timbrado.
A desconfiança surgiu porque, no carimbo do suposto médico Fabiano de Melo, havia uma ‘vírgula’ no número do CRM (registro profissional). O coordenador do Pronto Socorro resolveu então pesquisar a ficha de atendimento do paciente e descobriu a fraude.
Aquele paciente não tinha sido atendido na data de 5 de janeiro quando, supostamente, o atestado foi feito. Além disso, o suposto médico Fabiano de Melo não era plantonista da Santa Casa, sendo possivelmente, apenas um nome fictício carimbado para fraudar o atestado.
O problema mais grave, contudo, o coordenador descobriu no número de registro carimbado. O CRM usado no atestado falso pertencia a uma médica, da cidade de Mogi Guaçu.
A médica – dona do CRM carimbado no documento falso – foi informada da suposta frauda e, assim como a Santa Casa, também registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia para que o caso seja investigado. A própria profissional ainda fez questão de tornar o fato público, divulgando o ocorrido nas redes sociais, como forma de alertar sobre a fraude.
Vale salientar que a falsificação documental é crime e está previsto no Código Penal, sob pena de um a cinco anos de reclusão, mais multa.