O último dos três acusados pela morte do policial civil Emerson Meschiari, assassinado brutalmente em frente a uma agência bancária, em agosto de 2017, foi preso na manhã de quarta-feira, 23, em uma ação comandada pela Polícia Civil, em Americanópolis (SP). Ricardo Oliveira Conga, o Rato, de 36 anos, entrou em confronto com policiais civis, que contaram com o apoio do helicóptero Pelicano durante a abordagem.
Equipes comandadas pelo delegado Rogério Barboza Thomaz se posicionaram estrategicamente para capturar Rato, que estava foragido há cinco anos. Seus dois comparsas na ação em Mogi Mirim, Maurício de Jesus do Nascimento e Rafael de Oliveira Assunção, foram presos em 2017, durante as investigações para elucidar a morte de Emerson. Assunção, em Mogi Guaçu (SP), e Nascimento, em Joinville (SC). Os dois foram condenados pelo crime a 26 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Civil, a ação desta quarta-feira visava o cumprimento do mandado de busca e prisão preventiva que pesava contra Rato. Ao localizarem o criminoso em uma moradia, os policiais cercaram o local, invadindo a casa onde o autor morava com a esposa e um filho de oito anos.
Ele, ao perceber a presença dos policiais, empreendeu fuga pulando de uma casa a outra. Em um dos imóveis, Rato foi encurralado, mas não se entregou e reagiu à ação policial, desferindo disparos contra os investigadores, que revidaram. Ferido, acabou detido e, após cuidados médicos, foi levado capturado.
Além do latrocínio que vitimou Emerson, em Mogi Mirim, Rato deverá também responder por tentativa de homicídio por ter disparado contra os policiais na ação desta quar-ta-feira. No local foram apreendidos um revólver Taurus 38, munições e um aparelho celular.
O caso
Emerson Meschiari, morto aos 46 anos, dedicou a vida a ser policial. Durante 15 anos esteve à frente da chefia da DIG (Delegaria de Investigações Gerais). Quando foi assassinado, estava há três anos como chefe do SIG (Setor de In vestigações Gerais) em Mogi Mirim. Ele é responsável por elucidações de casos graves pela região e era querido por colegas de trabalho.
Emerson foi brutalmente assassinado no dia 7 de agosto de 2017, em frente a uma agência bancária na Rua Padre Roque, em uma ação covarde praticada por Ricardo Rato, Mauricio Nascimento e Rafael Assunção, estes dois últimos presos e já condenados.
O alvo do crime seria um malote que foi levado pelos assaltantes. No dia do crime, câmeras de segurança da agência bancária captaram toda a ação. Inclusive, fica evidente que um dos assaltantes faz o primeiro disparo pelas costas do policial, que revida, mas acaba sendo atingindo novamente e não resiste aos ferimentos. Os bandidos fogem, mas dois voltam em uma moto para pegar o malote com o dinheiro e cheques, que ficou caído no chão.
Pouco tempo após o crime, exatamente três dias, um dos envolvidos teve sua prisão decretada. Rafael Oliveira Assunção foi preso em 24 de setembro, em Mogi Guaçu, após as investigações concluírem que o veículo GM Corsa, utilizado na ação, seria dele e havia sido vendido a uma mulher.
O segundo autor, Mauricio de Jesus do Nascimento, foi preso com o apoio da Polícia Federal em Joinville, em novembro de 2017, e usava documentos falsos. Somente Ricardo Rato estava foragido, mas acabou atrás das grades, na ação da Polícia Civil nesta quarta-feira.