Pouco mais de dois meses após o assassinato do professor Pedro dal Rio, a Polícia Civil ainda segue na investigação do caso, mas colocou o trâmite em sigilo para que detalhes cruciais para que os culpados sejam detidos não sejam revelados e atrapalhem o trabalho.
A vítima, que morreu estrangulada, segundo laudo emitido pelo Instituto Médico Legal, foi encontrada após três dias de seu assassinato e, segundo informações, os investigadores de polícia já têm pistas de quem pode ter cometido o crime.
Além da suspeita sobre a autoria, a equipe de investigação trabalha também com algumas versões para a motivação do crime, se foi cometido por dinheiro ou outra justificativa.
“A polícia Civil está trabalhando intensamente para elucidar esse crime que possui aspectos complicados”, explicou o delegado que preside o inquérito, Paulo Roberto Agostinete. Ele conta que, inclusive, devido a complexidade do caso, decretou sigilo no trâmite, e que os detalhes da investigação só serão revelados à imprensa quando tudo for descoberto e o autor, preso.
Relembre o caso
O professor foi encontrado morto no dia 14 de março na casa onde morava, à Rua Dr. Ulhôa Cintra, no Centro, após cerca de três dias de seu assassinato. Inicialmente, a Polícia Civil cogitou a possibilidade de o crime ter sido um latrocínio, que é roubo seguido de morte, e até de homicídio.
A primeira suspeita de latrocínio se deu com a informação de que a vítima teria dinheiro em casa, o que agora foi descartado pela polícia, já que familiares ouvidos pelos investigadores e delegado disseram que Dal Rio não tinha o costume de guardar dinheiro em casa.
Autoridades policiais que estiveram no local do crime afirmam que havia pelo menos duas perfurações na vítima, uma no lado esquerdo do tórax e outra na parte de trás do pescoço. Objetos como chinelos e bonés foram encontrados na cena do crime e podem ajudar na elucidação do caso.
No interior do imóvel, havia notas de dinheiro espalhados pelo chão e muitos objetos revirados. A cena do crime indica ainda que houve luta corporal, já que há sangue na parede de dois quartos, na cozinha e em um escritório.