Equipes da Polícia Civil e funcionários da concessionária Elektro realizaram uma nova operação de combate ao furto de energia, em Mogi Mirim e Mogi Guaçu, no último dia 26. Nessa segunda fase, foram identificadas 18 irregularidades em 21 estabelecimentos comerciais e industriais fiscalizados. Ao todo, nove inquéritos policiais foram abertos e resultaram em sete flagrantes.
Os sete presos pagaram fiança e vão responder ao inquérito policial e ao processo criminal em liberdade. O valor da fiança varia de acordo com a condição financeira da pessoa indiciada. A Polícia Civil não divulgou a identidade dos envolvidos. Segundo O POPULAR apurou com o delegado responsável pela operação, Alessandro Serrano Morcillo, todas as irregularidades constatadas ocorreram apenas em Mogi Guaçu.
No dia 26 de junho, em Mogi Mirim, foram presos Claudia Ferreira de Carvalho, da Casa de Carnes Carvalho; Luiz Tadeu Ehrlich Junior, do Espetinho e Cia (conhecido também como Espetinho do Luiz); Mario Henrique Piasecki, do Supermercado Econômico II; Abimael Guarnieri, do Mac Balão; e Adriana Aparecida Tarossi, do Bar do Tina. Todos foram alvos da primeira fase da ação de combate ao furto de energia e também liberados após o pagamento de fiança. Outro comerciante, Elvio Guideti, do Supermercado Planalto, também foi alvo da operação, mas não foi preso, por não ter sido localizado pelos policiais.
Além das inspeções em campo, as equipes trabalharam com o cruzamento de dados de consumo e inteligência analítica que permitiram identificar as fraudes. Considera-se furto de energia quando há uma ligação direta na rede elétrica sem o conhecimento e autorização da concessionária de energia. São os conhecidos “gatos”. Já a fraude ocorre quando o cliente rompe os lacres da sua medição e manipula o consumo no medidor de energia com o objetivo de reduzi-lo. Ambos são crimes previstos no Código Penal. Também são cobrados os valores retroativos referentes ao período fraudado, acrescidos de multa.
Quando a fraude ou o furto são descobertos, o responsável pode ter o seu fornecimento de energia suspenso. As perdas contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. O valor da energia furtada e os custos para identificar e coibir as irregularidades são levados em consideração pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para estabelecer o quanto a energia custa para cada área de concessão.
Além do impacto na conta de luz, os furtos e fraudes de energia pioram a qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções no fornecimento de energia.
Como denunciar
Para reduzir os riscos e o furto de energia, a Elektro mantém um programa constante de inspeções. A empresa tem canais de denúncia para casos de fraudes e furtos, por meio dos quais é possível passar as informações anonimamente, como o 0800-701-0102 ou pelo site.
Orientação de segurança
Quem faz ligações clandestinas ou “gatos”, como são chamados popularmente, corre o risco de sofrer acidentes graves, muitas vezes fatais, pois envolve a manipulação de circuitos energizados. Um técnico da Elektro recebe horas de treinamentos específicos antes de atuar na rede elétrica. Há também o risco de causar um curto-circuito que atinja a rede, podendo provocar o desligamento e a queima de equipamentos e eletrodomésticos da residência e da vizinhança.
A Elektro orienta que todos podem reduzir o valor da conta de luz mensal usando a energia elétrica de modo eficiente e evitando desperdícios, principalmente, na utilização de aparelhos, tais como chuveiros, ferros de passar roupas, condicionadores de ar, aquecedores e secadores, entre outros.