A Polícia Federal deflagrou a operação “Grão Branco”, realizando ações em diversas cidades de nove estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
No total foram cumpridos 110 mandados judiciais, sendo que 38 resultaram em prisões e 72 em buscas e apreensões. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Cáceres (MT).
No estado de São Paulo, as cidades de Sumaré, Mogi Guaçu e Mogi Mirim foram os alvos das ações. Em Mogi Mirim, João Carlos de Morais Lima, o Goiano, 50 anos, foi preso na quinta-feira, 6, devido um dos mandados preventivos. Ele foi levado à Polícia Federal em Campinas, que cumpriu o mandado e colheu as primeiras informações. O seu aparelho celular também foi apreendido, já que a PF, através de escutas telefônicas autorizadas, monitorou diversas conversas suspeitas.
Há informaçõeas de que Reginaldo Guimarães Werneck, o Carioca, de 56 anos, também tenha sido preso nesta operação policial.
Ele foi condenado no início de 2021 a 15 anos de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas, devido a uma ação da Polícia Civil de Mogi Mirim, em janeiro de 2020, quando foram apreendidos 76 quilos de maconha, no bairro do Tucura.
Entre os bens apreendidos na ação da PF, existem 10 aeronaves, além do sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. Os valores dos bens estão sendo apurados.
O início das investigações se deram em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda (MT).
No curso da operação foram realizados mais de 10 flagrantes, com apreensão de aproximadamente 4 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.
Apreensões de grande quantidade de drogas ocorridas em Mogi Mirim e região recentemente fazem parte das investigações.
As apurações terão continuidade e novas ações poderão serem deflagradas.
Em razão da complexidade da operação, além da atuação da Polícia Federal, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira, Gefron-MT, PRF, PC-MT, PM-MT, PM-MS e PM-SP.
O nome da operação, Grão Branco, deve-se ao transporte de grãos (soja, milho) do estado de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína.