Eles ocupam importantes cargos tanto na Prefeitura como na Câmara dos Vereadores. Trabalham em benefício da cidade e têm o dever diário de atender e cumprir tarefas que busquem melhorar a vida da população. De roupa social ou terno e gravata lá estão eles em uma rotina que requer muito trabalho. Mas isso de segunda a sexta-feira. Aos finais de semana, os trajes mais pesados dão lugar a camisa, bermuda, meião e chuteira. Por meio do futebol, o secretário de Gestão Ambiental Valdir Biazotto e o vereador Daniel Santos (PV) encontram no esporte uma maneira de relaxar e aliam uma rotina de exercício político ao esporte.
A história de Valdir com o esporte teve início ainda criança, quando era coroinha da Igreja da Santa Cruz e participava de um grupo idealizado pelo Monsenhor Clodoaldo Nazareno de Paiva, o Padre Paiva. A mescla escola e religião era completada através do esporte. Caso as tarefas do grupo fossem cumpridas, os alunos ganhavam direito a praticar o futebol, em um espaço ao lado da igreja. Ali era colocada uma trave e o futebol fazia a diversão do grupo. O gosto foi tanto que anos depois o prazer se manteve e nasceu o Diocesano Futebol Clube. A equipe chegou a participar de torneios em diversos bairros rurais, conquistou títulos e se tornou um dos mais conhecidos da cidade na década de 70. “O padre unia a gente pelo futebol, isso era a alegria nossa”, lembrou ele.
Hoje, Valdir mantém a união trabalho-esporte. Se durante a semana corre em suas tarefas da secretaria, nos finais de semana participa de torneios municipais e recentemente foi campeão da Copa Cinquentão pela Santa Cruz.
Nas peladas e no campeonato, recebe algumas provocações. Até na hora de pagar a rodada de cerveja após os jogos. “Tem gente que chega e fala, vem cá, você está fazendo política aqui, mas tudo na base da brincadeira. Sinto-me confortável e tenho amizades dentro do futebol”, complementou.
O esporte como bandeira na Câmara Municipal
Vereador desde o início do ano, Daniel Santos (PV) tem no esporte uma de suas principais bandeiras. Ligado ao futebol desde os 10 anos, tenta criar projetos e colaborar para o desenvolvimento de modalidades esportivas. A ideia vem desde a primeira candidatura, em 2007, quando havia sido o terceiro mais votado do partido. Na segunda tentativa, foi eleito. Dali em diante mantém contato com esportistas da cidade com um histórico de participações em campeonatos por diversos clubes como Santana, Tucurense, Gremar, Opção e Camarões. Seu último time foi a Estrela das Piteiras, pela Série B do Amador deste ano.
Daniel ataca ainda como comentarista esportivo no programa Tocando de Letra, da Sectv.
Tudo isso resulta em cobranças e pedidos. “O futebol ajuda, você vê pessoas nos jogos, muitas chegam e dizem o que está faltando na rua, no bairro. São pedidos naturais, da comunidade”, explica.