Caros leitores, vejamos se a política no Brasil não é mesmo um samba do crioulo doido – expressão, no Brasil, utilizada para coisas sem sentido. Por que digo isso? Esta semana, o presidente do PSDB Juventude, João da Mata, virou as costas para o próprio ninho em apoio a Paulo Silva, concorrente de Carlos Nelson. Surpreendeu a todos. Até mesmo a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros, que fez o mesmo com o seu MDB, que apoia André Mazon.
Surpresa maior será ver no mesmo palanque com Paulo Silva um representante da direita, o presidente do PSDB Juventude, com representantes da esquerda, incluindo o PT, de Ernani Gragnanello, que, no campo pessoal, é amigo de João da Mata, que, no campo pessoal, não gosta do jeito Carlos Nelson de governar nem da política tucana na cidade, embora seja tucano.
Há exemplos de rebeldia, pra não dizer de infidelidade partidária, do outro lado também. O deputado Barros Munhoz que o diga. Ele deixou o PSDB, filiando-se ao PSB para apoiar a candidatura de Márcio França para governador em 2018 contra o PSDB. Agora apoia João Doria. E em Mogi Mirim, apesar de seu partido estar alinhado com o PDT de Paulo Silva, Totonho diz que segue com CNB. Até debaixo d’água. O PDT que já foi de Gustavo Stupp e que tinha apoio de Mané Palomino, hoje com CNB.
É ou não é um samba do crioulo doido essa nossa política? Ninguém sabe, com segurança, de que lado o político está. Sabemos, porém, que não se trata de filosofia ou ideologia, mas de “urnologia”. É a velha política de onde se tem mas chance de levar vantagem.
É o que eu sempre digo, partidos políticos no Brasil são o mesmo que barrigas de aluguel, que servem a interesses extra partidários, pra não dizer particulares.
Já tem candidato? Que tal a Dinha? Tudo pela Dinha.
Por hoje, só sexta que vem.