Caros leitores, estou com os comerciantes e não abro. Entendo a angústia da categoria. Manter um comércio por anos e se ver a ponto de ter de fechá-lo. Estão com a razão quando exigem uma justificativa racional dos nossos governantes para o fechamento do setor, pelo menos aqueles ditos não essenciais. Quem define o que é essencial e o que não é essencial?
Por que não pode comércio aberto com as devidas restrições, que garantem, no máximo, 25, 30% de lotação da capacidade de cada loja? Por que fecham os olhos para aqueles desavisados e ou João sem braço que insiste em bater perna na rua sem necessidade?
Por que pode funcionar supermercado, quase sempre abarrotado de gente, famílias inteiras, inclusive, com casal, filhos, papagaio e o c… a quatro? Por que não pode funcionar restaurante, onde as mesas estão separadas, todos com máscaras e álcool em gel disponível, ventilação adequada e regras sanitárias sendo seguidas, sendo mais seguro do que em casa? Por que fingem que fiscalizam residências e chácaras, onde tem churras e outras reuniões todo fim de semana em família e entre amigos?
Cadê os hospitais de campanha Brasil afora, desmontados no meio da guerra? Por que essa “Torre de Babel” entre a União e os entes federativos, onde cada um faz o que quer e ninguém se entende? Cadê o comando central de crise, que emitisse regras uniformes para os estados e municípios? Por que deixam recomendar remédios para a gripe com baixas evidências científicas, mas para o novo coronavírus – que está deixando milhares de mortos e falidos – exigem uma burocracia enorme?
Essas são questões levantadas pelo médico infectologista Francisco Cardoso, no programa Pânico, da JovemPan. Ele ainda acrescenta: “Além disso, o grande erro das políticas de lockdown é fazer você acreditar que está seguro em casa”. Acrescento: Não é erro; é estratégia. Estratégia para esconder a incapacidade dos políticos – e seus interesses econômicos – mediante a pandemia.
Por hoje, só sexta que vem.