Respeitáveis leitores, que experiência decepcionante que tive esta semana com a Câmara Municipal. É que resolvi não assistir a sessão ordinária in loco, assim como a população em geral, proibida de entrar nas galerias da Casa do Povo por precaução ao coronavírus. Não que não fosse permitida minha entrada como jornalista. Mas decidi optar pela única opção da maioria – acompanhar os trabalhos dos nobres pela internet.
É como assistir a um jogo de futebol com o estádio vazio. Ou assistir a um espetáculo teatral sem plateia. Um filme na TV sem som. Não é a mesma coisa. Não tem a mesma vibração. Não tem graça. Que ordinária mais fria essa de segunda-feira (23). Penso que essa deve ser a opinião da maioria dos cerca de 20 internautas ligados no canal da Câmara.
Por outro lado, acredito que para os legítimos representantes do povo não poderia haver cenário melhor para votar pautas relacionadas aos vencimentos dos servidores municipais. Caso contrário, haveria casa cheia. Ou não? Afinal de contas, foi nessa sessão esvaziada de público que foi aprovado o reajuste salarial de apenas 1,5% ao funcionalismo.
Aprovado sem contestação, diga-se de passagem. Pudera. Sem público e sem pressão… Ficou fácil para os nobres. E o prefeito Carlos Nelson agradece. Os servidores, que queriam 13% de aumento, devem ter ficado decepcionados. Mas não puderam se manifestar, pelo menos não nas galerias da Casa.
Sessão da Câmara sem polêmica, sem disse eu me disse, sem público, sem oposição, não é digna de si própria. E para piorar a situação a próxima sessão só em maio. Para quem gosta esse entrevero, como eu, esse é um hiato que será ainda mais frio que a fria ordinária pela internet da última segunda. Por hoje, só sexta que vem.