O ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm), o empresário Jorge Antonio Barbosa, se defendeu da acusação de superfaturamento na compra de 80 árvores para a decoração de Natal do Centro da cidade no final do ano passado, em denúncia feita pela vereadora Luzia Cristina Côrtes Nogueira (PSB). Por meio de um documento, entregue para cada um dos 17 vereadores durante a sessão da Câmara Municipal de segunda-feira, Barbosa considera infundadas as críticas e destaca os relevantes serviços prestados pela entidade à comunidade local.
No documento, o empresário afirma que não poderia se calar diante da denúncia, e esclarece que foi solicitada uma ajuda financeira junto à Prefeitura para a realização de uma campanha no comércio considerada por ele como marcante, um sucesso, e que registrou um acréscimo nas vendas do comércio, superior aos demais municípios da região.
Contundente, Barbosa escreve no documento que não recebeu ‘um centavo sequer’, com notas marcadas, destinadas ‘a este’ ou ‘aquele’ investimento. Os recursos recebidos foram utilizados para custear o total investido na campanha, de R$ 842.234,03, conforme prestação de contas apresentada em 19 de fevereiro deste ano, através de solicitação do vereador João Antonio Pires Gonçalves, o João Carteiro. Na verdade, a solicitação partiu da vereadora Luzia Côrtes, mas a prestação foi encaminhada para o nome de João Carteiro devido ao cargo temporário que ocupava como presidente da mesa em fevereiro, em substituição ao vereador Benedito José do Couto (PV), atual presidente, e afastado à época por problemas de saúde.
Em novembro de 2013, uma lei autorizou a subvenção econômica de R$ 200 mil da Prefeitura à associação, cuja destinação seria a implantação de decoração natalina nas praças Rui Barbosa, São José, Floriano Peixoto, Tiradentes, Mirante e demais vias públicas.
Gastos
O documento entregue por Barbosa aos vereadores traz ainda uma lista detalhada de todos os investimentos da Acimm para a realização da campanha, como o valor investido para a instalação das árvores, de R$ 289 mil, e a locação da pista de patinação de gelo e cinema 3D, que custou R$ 258.360. Até gastos menores, como compra de telhas, confecção de panfletos, cartazes e divulgação pelo Facebook, que de acordo com a planilha custou R$ 800, são especificados. O documento deverá ser anexado à denúncia, e encaminhado ao Ministério Público.
Relembre o caso
A compra de árvores para a decoração natalina no final do ano passado pela Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) é alvo de investigação da vereadora Luzia Nogueira (PSB). Segundo a denúncia, há indícios de superfaturamento na compra dos equipamentos, inclusive com o uso de dinheiro público.
Em novembro de 2013, uma lei autorizou a subvenção econômica de R$ 200 mil da Prefeitura à associação, cuja destinação seria a implantação de decoração natalina nas praças Rui Barbosa, São José, Floriano Peixoto e demais vias públicas. Foram compradas 80 árvores luminosas pelo valor total de R$ 289 mil. Desta forma, cada equipamento que foi instalado em locais públicos, teve um custo unitário de R$ 3.612,50.