Um grupo de professores de Mogi Mirim e região promove na tarde de hoje um protesto pacífico em alusão à greve da categoria, deflagrada na última sexta-feira, e que integra profissionais ligados ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP). O ato está marcado para às 14h, no Espaço Cidadão, local de concentração e partida do grupo, que a pé, marchará até a sede da Diretoria de Ensino, localizada na Avenida Santo Antonio, próximo ao Centro Cultural Lauro Monteiro de Carvalho e Silva. Até ontem, não havia a confirmação se algum professor de Mogi Mirim havia aderido à greve.
No local, com faixas e cartazes, o grupo promete cobrar não apenas as autoridades municipais ligadas à Educação, mas também o governo do Estado, que na visão da classe, não vem cumprindo com suas obrigações. Panfletos também devem ser distribuídos ao público no trajeto e nas proximidades da diretoria de ensino. Embora não haja uma estimativa do número de presentes, são aguardados professores não apenas de Mogi Mirim, mas também de Mogi Guaçu, Itapira, Estiva Gerbi, Holambra, Arthur Nogueira e Santo Antonio de Posse.
Na pauta de reivindicações do grupo, aspectos que cobram a melhoria na qualidade do ensino, além de aumento salarial, superlotação e fechamento de salas de aulas, em demasia no período noturno, entre outros. A política de bonificação e a bonificação por resultado também são outros pontos que precisam ser revistos na opinião do grupo, como critérios e sistema de avaliação.
“Falta diálogo, transparência, estamos percebendo que os indicadores da Educação no Estado vêm piorando”, disse o professor de sociologia Emanuel Duarte, um dos organizadores do protesto desta tarde.
Abraçar
Para ele, a expectativa é de que os professores insatisfeitos abracem a causa. Isso fortalecerá o movimento e dará novos capítulos à causa, em alusão à colocação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que no início da semana afirmou que ‘todo ano é essa novela’.
Ciente das dificuldades de diálogo e as negociações entre governo e categoria nos últimos anos, o presidente da sub-sede da APEOESP em Mogi Mirim, Ricardo Augusto Botaro, acredita que será complicado atingir o que desejam os professores. “A gente gostaria, quem sabe conseguiria algo em termos de salário, mas acho muito difícil. Existe um desrespeito total”, afirmou.
Nesta sexta-feira, em São Paulo, haverá outra reunião da categoria para debater os rumos da paralisação.