terça-feira, novembro 19, 2024
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Por que abacaxi não se chama morango?

Quem será que olhou para um abacaxi e disse: olha que linda essa fruta, vai se chamar abacaxi. Isso porque não tem jeito de morango ou fruta do conde, mas de abacaxi! Ou quem disse que cachorro não poderia chamar hamster, mico-leão-dourado ou andorinha? E se dentista se chama assim por conta dos dentes, porque médico que tem relação com o corpo não passou a se chamar corpista? Sei que esse papo vai longe e no fim se trata da etimologia das palavras, que é tema de pesquisa de vários estudiosos, e se trata da origem de cada uma.

Para entender, é preciso primeiro pensar sobre a fusão de várias culturas. No caso da palavra abacaxi, por exemplo, os estudiosos apontam que surgiu a partir dos indígenas que chamavam a fruta de: ibácati, pela composição ibá, que significa fruto, e cati, que é aquilo que tem o cheiro forte. E assim, com o passar dos anos, estamos saboreando a fruta que até coroa tem. Sem contar que abacaxi se tornou ainda sinônimo daquele problemão que às vezes aparece em nosso cotidiano.

Continuando pelo universo da etimologia, no caso da palavra médico, saiba que é proveniente do latim: mederi, que significa curar, tratar, encontrar o melhor caminho. Então, aquele que tratava as enfermidades era conhecido por medicus. Logo, hoje usamos médico e não corpista como citei.

Enfim, sou apenas uma curiosa sobre o assunto, mas há vários estudiosos que se dedicam a encontrar a raiz das palavras. O interessante é ter em mente sobre o quanto nossa cultura é ampla. Nas duas palavras exemplificadas temos o tupi-guarani e o latim. E há muito mais!

Mas que é incrível ficar pensando em como as pessoas criaram as palavras, ah, isso é! E mais, quem será que comeu a primeira pimenta? Ou comeu o primeiro alface e mostrou aos demais que poderia ser consumido sem medo? A vida é tentativa e erros, como sempre dizia uma professora nos meus tempos da graduação.

Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.

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