Os servidores das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) paralisaram por tempo indeterminado as atividades em todo o país. Em Mogi Mirim, mais de 70% dos funcionários do atendimento e do setor administrativo irão aderir à greve, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev).
O movimento de greve teve início na manhã de ontem. O objetivo é pressionar o Governo Federal para a apresentação de uma proposta de reajuste salarial. O último aumento real recebido pelos servidores foi em 2008.
A categoria reivindica um reajuste de 27,3%, o que corresponde à reposição das perdas salariais devido à inflação, jornada de 30 horas, incorporação das gratificações, contratação de mais servidores, melhores condições de trabalho, fim do assédio moral e isonomia entre ativos e aposentados.
De acordo com o sindicato, a última paralisação do INSS ocorreu em 2009 e, desde então, a pauta de reivindicações não foi atendida. “Esperamos que esta não seja uma greve longa para não acarretar transtornos à população, mas isso dependerá da boa vontade do governo em nos chamar para negociar e que o mesmo apresente propostas concretas”, declarou a Diretoria Regional do Sinsprev em resposta ao O Popular.
O Sinsprev informou também que as agências entregarão carta aberta à população esclarecendo os motivos da greve. Na região, os servidores do INSS de Itapira também vão aderir ao movimento. Em Campinas, haverá paralisação nas agências do Centro, Carlos Gomes, Amoreiras e Regente Feijó.
Uma assembleia deve ser realizada assim que o governo apresentar uma proposta à categoria. Ontem, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) fez uma reunião com o Ministério do Planejamento, em Brasília, para novas negociações. Também estavam previstas mobilizações em frente ao prédio da Superintendência Estadual do INSS, na capital paulista, e na Gerência Executiva do INSS, em Campinas.