quinta-feira, novembro 21, 2024
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Por um mundo melhor, lema do projeto Reizinhos Felizes

Uma escola diferente para formar cidadãos conscientes, é esse o objetivo do projeto Reizinho Felizes, da autora Luciene Regina Paulino Tognetta, que tem ilustrações de Paulo Masserani; ambos da cidade de Americana. Trabalhado em Mogi Mirim desde o mês de setembro, o projeto da dupla, que trata sobre a importância de perceber os sentimentos das crianças no ambiente escolar e no âmbito familiar, abrange os alunos do 5° ano da rede municipal de ensino e do Instituto de Incentivo à Criança e Adolescente (ICA), coordenadores pedagógicos e também os professores.

Assim, logo no início do projeto, foram distribuídos três livrinhos da coleção “Falando de Sentimentos” para cada aluno. Eles contam estórias de Reizinho, protagonista da coleção, que passa por situações vivenciadas pelas crianças. “Sempre fui professora e em 2006 terminei minha tese de doutorado que falava sobre a formação da personalidade ética, pensando na formação de alguém generoso, aí concomitante a isso nasceu meu filho Gabriel e surgiu a ideia de transformar a teoria em um livro para as crianças”, explicou a autora que, em conjunto com o ilustrador, já tem 13 obras.

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Livro aborda temas como o bullying, comum em escolas, e dá atividades para educar os pequenos. (Foto: Ludmila Fontoura)

Além do contato com os alunos, o projeto também engloba a participação dos pais e professores, por isso reuniões acontecem para que eles sejam instruídos sobre o conteúdo e comecem a plantar mudanças. Luciene deseja que os adultos entendam que as crianças também têm sentimentos e que essa questão é preciso ser pensada, pois “se desejamos a formação de pessoas autônomas e que sejam éticas é preciso colocar a afetividade como tema central das aulas”.

Ou seja, Luciene acredita numa escola diferente que gere pessoas diferentes! E é essa a escola que busca quando para escrever sobre temas que hoje são deixados de lado por muitos colégios de ensino tradicional, que somente veem o aluno como parte de um grupo, ou como no livro “Era outra vez o reizinho e seus vizinhos”, um milharal, mesmo sendo formado por ‘espigas’ diferentes. Outro ponto trabalhado na mesma obra é sobre a necessidade da construção conjunta, onde os professores e pais são orientados a buscarem alternativas por meio de um diálogo horizontal, sem imposição de uma liderança.

Fora as questões mencionadas, os livros também abordam questões como bullying e ao final de cada obra há diversas atividades para serem realizadas pelos estudantes em conjunto com os pais e seus professores. Assim, os alunos podem aprender enquanto se divertem.

Nessa semana, após já terem estudado os livrinhos nas salas de aula, os alunos das escolas municipais participaram de sessões de contação de estórias e de entrevistas com a escritora e com o ilustrador, que foram realizadas na Estação Educação.

Após fazerem uma série de brincadeiras com os estudantes, a dupla abre espaço para que os alunos façam perguntas. Curiosas, as crianças fazem questionamentos de todo o tipo, como, por exemplo, “Como funciona para ter um livro?”, “O que você faz para se inspirar e fazer os desenhos?”, “Quais seus planos para os futuros?”, “Qual foi sua inspiração para começar a escrever?”, etc.

Ao final da sessão, os livros são autografados por eles e o que parece ser trabalho pequeno para diversas pessoas da sociedade é, para Luciene e Paulo,  uma oportunidade para a geração de um futuro melhor, com mais solidariedade, compreensão e colaboração.

Já existe: A Escola da Ponte

Escolas que trabalham com ambientes em que o aluno é valorizado individualmente, que percebem as angústias das crianças, valorizam a espontaneidade, a criatividade e que desenvolvem os jovens para serem cidadãos solidários e conscientes já existem em diversos pontos do mundo. Uma delas, inspiração para Luciene, é a Escola da Ponte, que existe em Portugal, onde não há salas, paredes, portas, currículos e avaliação, mas sim espaço para o aluno se desenvolver com a ajuda de diversos professores e também da comunidade a partir de temáticas.

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Atividade na Estação educação teve contação de histórias, envolvendo as crianças e os autores. (Foto: Ludmila Fontoura)

“São escolas que estão há anos luz porque trabalham a convivência. Hoje temos a formação do professor para o conteúdo, mas grande parte não sabe se relacionar com as crianças e esse então é o objetivo, dar oportunidade para pais e professores se formarem para isso”, finalizou a autora.

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