O prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) está descontente com os serviços prestados pela Construrban, empresa contratada para fazer a coleta, o transporte, o transbordo e o aterramento dos resíduos sólidos da cidade. Ele quer municipalizar o serviço de coleta e transporte do lixo do município.
Prova disso é a inclusão da compra de equipamentos no rol de investimentos que a Administração pretende fazer, caso aprovados na Câmara os projetos do empréstimo de R$ 26 milhões junto à Caixa Econômica Federal.
Entre os investimentos previstos está a municipalização da coleta e do transporte do lixo. CNB quer investir para isso R$ 4,3 milhões do total do financiamento que pretende obter.
Pelo projeto, o dinheiro será investido na compra de cinco caminhões compactadores, outros quatro com carroceria, mais dois caminhões caçamba, automóveis e maquinário. O projeto não prevê gasto com pessoal, que a Prefeitura teria de contratar para fazer o serviço.
O secretário de Meio Ambiente, Ivair Biazotto, explicou essa semana, em uma reunião com vereadores na Câmara, que a municipalização prevista é apenas para a coleta e o transporte dos resíduos sólidos.
“O transbordo e o aterramento desses resíduos não teríamos como fazer. Vamos ter de abrir processo licitatório. Mas a coleta e o transporte são, sim, viáveis e mais econômicos para a Administração”, disse Biazotto.
Hoje, o Município gasta R$ 240 para cada tonelada de lixo doméstico coletado pela Construrban. Esse valor inclui o pagamento desde a coleta até o aterramento adequado dos resíduos. Em média, são coletadas 2 mil toneladas desse lixo todo mês.
“Então, a Prefeitura gasta cerca de R$ 480 mil, em média, para um serviço que não está sendo feito a contento”, disparou o secretário.
Mas, a Prefeitura só poderá quebrar o contrato com a terceirizada em maio do ano que vem, quando vence a atual prorrogação. Vale lembrar que o contrato com a empresa vai até 2021, sendo renovado todo ano.
Paralisação
Sexta-feira passada, dia 9, houve mais uma paralisação por parte dos coletores por falta de pagamento de seus vencimentos. Isso, mais uma vez, afetou a coleta dos resíduos domésticos na cidade. Em 2018, também teve paralisação, e maior.
O secretário de Serviços Municipais, José Paulo da Silva, o Zé Paulo, informou que a coleta foi retomada no sábado e segue normalmente.
Ele também informou que a Construban foi notificada uma dezena de vezes, multas foram aplicadas por descumprimento de contrato.
“Por tudo isso, chegamos à conclusão de que a melhor saída será a municipalização da coleta do lixo da cidade. É o caminho mais seguro. Se não poderemos ficar na mão outras vezes e ter um serviço que não tem agradado nem a população nem a Administração”, frisou Zé Paulo.
