Em meio à ira dos comerciantes e com a imagem desgastada em toda a cidade, a Prefeitura evitou ser bombardeada mais uma vez. O motivo? A contestada Feirinha do Brás. Nesta semana, a Administração Municipal, por meio da Secretária de Planejamento e Mobilidade Urbana, Beatriz Gardinali, negou o pedido do comerciante Fábio Ricardo Beltramin, da cidade de Rio Claro, para a realização de uma nova feira, que aconteceria no próximo final de semana, entre os dias 6 a 9, de quinta-feira a domingo. A negativa da secretária se baseou no fato de a feirinha ter sido sediada na cidade há pouco tempo, no início do mês, do dia 7 ao dia 11, e que uma nova prejudicaria as vendas no comércio local.
Na última, os comerciantes chegaram a elaborar um abaixo-assinado, protocolado no Poder Público e contataram vereadores a fim de proibir a vinda da feira. À reportagem, Fábio contou que além da feira, um pedido para a realização de outra, de 11 a 13 de novembro, também foi negada. O comerciante foi o responsável pela feirinha do início do mês, em um galpão no Bairro do Tucura, e tem o intuito de estabelecer comércio fixo em Mogi. O objetivo da nova feira, além das vendas, visava à troca de produtos adquiridos na primeira. “Daria direito para a população trocar a roupa que comprou, fazer o ponto de troca”, explicou.
Santa Casa
O comerciante relatou que tinha como desejo, além de propiciar um preço mais em conta ao consumidor, doar parte da renda para a Santa Casa de Misericórdia, que passa por dificuldades financeiras. “Vem (a feira) para dar oportunidade à população ter um preço acessível. E essa feira veio com o intuito de ajudar a Santa Casa de Mogi. De tudo que eu ganhar, 10% seria doado à Santa Casa”, prometeu. Fábio explicou que acionaria um advogado e entraria com um mandato de segurança contra a Prefeitura visando conseguir o direito de promover seu comércio.
Direitos
O comerciante rebateu as reclamações dos comerciantes e afirmou que cumpre todos os requisitos para a abertura do comércio exigidos pelo Executivo. “As feiras que eu promovo são todas legalizadas. Todas as normas que a Prefeitura pediu para a primeira feira, documentação, alvará, AVCB do Bombeiro, eu entreguei. O que todos os comerciantes pagam eu também pago”, respondeu. O comerciante explicou que paga a taxa de solo público à Administração proporcionalmente aos dias em que trabalha.