O prefeito Paulo de Oliveira e Silva (PDT) reuniu a imprensa na tarde de terça-feira, 13, em seu gabinete para anunciar a segunda etapa do projeto de reforma das instalações elétricas da Santa Casa de Mogi Mirim, que está sob intervenção administrativa pela Prefeitura. Nesta etapa, deverão ser investidos cerca de R$ 3 milhões na rede elétrica da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta e neonatal, radiologia, Pronto Socorro, internação SUS (Sistema Único de Saúde), hemodiálise (fase 2) e internação particular.
Os recursos virão do orçamento municipal, cuja utilização para essa finalidade foi autorizada pela Câmara Municipal. Caberá à Santa Casa, a partir de agora, fazer a cotação de preço para a contratação do serviço, que deverá ser executado ao longo de 2023, adequando a atividade com o funcionamento da Santa Casa. “Não podemos mais esperar, a situação é crítica”, revelou o prefeito.
Paulo Silva lembrou que, quando iniciou o mandato, em janeiro de 2021, tomou conhecimento da existência de um projeto de reforma de todas as instalações elétricas da Santa Casa preparada em 2019 pela equipe do ex-prefeito Carlos Nelson Bueno. O projeto foi elaborado com base em um laudo técnico que apontou a precariedade do sistema elétrico do hospital e do risco em manter aquela estrutura em funcionamento.
Numa primeira etapa, iniciada em janeiro e terminada neste segundo semestre, foram contemplados o centro cirúrgico e a hemodiálise (fase 1), setores que precisavam de uma ação urgente nesse sentido, face ao alto risco de sofrerem algum tipo de acidente elétrico.
O custo, no valor de R$ 1,3 mil, foi bancado pelo loteador responsável pelo Avenida Garden, empreendimento imobiliário implantado na Estrada da Cachoeira, com a qual a Prefeitura negociou para que fosse incluído o recurso no TAC (Termo de Ajuste de Conduta) firmado com a Promotoria Pública e com a Municipalidade para viabilizar o loteamento. Um novo projeto foi elaborado, adequando-se ao estudo original. Foram refeitos os cabeamentos da entrada de energia do hospital e a reforma da fiação do centro cirúrgico e da área operacional da hemodiálise
Na segunda etapa, os trabalhos seguirão uma ordem de prioridade, começando pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta e neonatal. Depois, a reforma passará pelos setores de radiologia, Pronto Socorro, internação, hemodiálise (fase 2) e internação particular. Não há um prazo estimado para a execução do serviço.
“Na reforma do Centro Cirúrgico, foi feito sala por sala, porque não dá para parar o setor todo. O mesmo deve acontecer com os demais setores. A execução será feita de acordo com o funcionamento da Santa Casa”, disse o administrador do hospital, José Carlos De Carli, presente ao encontro no gabinete.
De Carli ressaltou que a reforma é urgente e necessária. “Quando você vê (as atuais instalações), assusta. Nossa preocupação com o risco de algum acidente elétrico é diário. Hoje, de 40% a 50% dos nossos pacientes dependem de algum aparelho elétrico. Na UTI, são vários aparelhos ao mesmo tempo”, observou.
O secretário municipal de Obras e Habitação, Paulo Roberto Tristão, destacou que a reforma trará segurança aos colaboradores e usuários da Santa Casa, além de economia para o hospital, já que a precariedade do sistema tem causado perda de energia, ou seja, paga sem utilizá-la. Também será possível a obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que a Santa Casa não possui.