Indignado com a arbitragem, o presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, acompanhado de seu filho, Felipe Oliveira, integrante do Conselho Deliberativo, protagonizou cenas de revolta no duelo em que o Novorizontino venceu o Sapo, no domingo, no Estádio Romildo Ferreira. Depois de o árbitro José Cláudio Rocha Filho ter recebido ameaças, no intervalo, a porta do vestiário da arbitragem foi arrombada, mas não houve identificação do autor dos chutes.
No domingo, circulou nos bastidores o comentário de que o autor dos chutes seria Felipe, que estava revoltado, mas a informação não foi confirmada. Procurado por O POPULAR, Felipe não concedeu entrevista. A assessoria de imprensa do Mogi Mirim informou que o clube ainda não conseguiu identificar quem danificou a porta, mas está tentando descobrir. A súmula do jogo trata o autor dos chutes como indivíduo não identificado.
No intervalo do jogo, Luiz aguardou a saída do trio de arbitragem e, segundo relatório do árbitro, proferiu as seguintes palavras: “Seu f.d.p., você é um safado, mal intencionado, nunca mais vai apitar aqui”.
Ainda segundo o relatório, Luiz foi contido pelos policiais e fiscalização, mas deu a volta e foi até a porta do vestiário da arbitragem, que dá acesso ao estacionamento, e continuou disparando contra o árbitro: “Segunda eu vou lá na Federação, vejam o que vocês fizeram com o meu time. Nem amarelo deu pro cara. Era vermelho, quase quebrou a perna do Deretti. Podem relatar o que quiserem. Vocês não saem daqui hoje. Não foi gol, não. Meu jogador está indo pro hospital. Vocês não viram? São todos f.d.p.”.
Ainda segundo o relatório, o indivíduo não identificado, disse: “Podem relatar o que quiserem, pode vir escolta e o ca… Vamos pegar todo mundo”. O mesmo indivíduo, segundo o relatório, desferiu chutes na porta do vestiário, gerando um rombo. Em seguida, o policiamento foi acionado para dispersar os envolvidos.
Já no final da partida, torcedores do lado de fora do estádio arremessaram pedras em direção ao estacionamento, que fica próximo ao vestiário da arbitragem e do Mogi. No relatório, o árbitro apontou uma conduta péssima dos torcedores e diretores do Mogi.
Os lances que revoltaram a diretoria do Mogi Mirim foram registrados no primeiro tempo. Nos primeiros minutos, o meia Jean Deretti teve que deixar o campo, com uma contusão no joelho, após sofrer uma entrada dura do zagueiro Luizão. A revolta mogimiriana foi pelo fato de o atleta adversário não ter recebido nem cartão amarelo. Ontem, após os exames, foi constatado que Deretti está fora do Paulistão. O outro fator que gerou a revolta foi a validação equivocada do terceiro gol do Novorizontino, marcado por Pedro Carmona, pois a bola tocou no travessão e pingou em cima da linha, sem ultrapassá-la. Diante dos erros, o Mogi Mirim pretendia acionar a Federação Paulista de Futebol.