sábado, novembro 23, 2024
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Revoltado, presidente do Mogi ameaça juiz e vestiário é arrombado

Indignado com a arbitragem, o presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, acompanhado de seu filho, Felipe Oliveira, integrante do Conselho Deliberativo, protagonizou cenas de revolta no duelo em que o Novorizontino venceu o Sapo, no domingo, no Estádio Romildo Ferreira. Depois de o árbitro José Cláudio Rocha Filho ter recebido ameaças, no intervalo, a porta do vestiário da arbitragem foi arrombada, mas não houve identificação do autor dos chutes.

No domingo, circulou nos bastidores o comentário de que o autor dos chutes seria Felipe, que estava revoltado, mas a informação não foi confirmada. Procurado por O POPULAR, Felipe não concedeu entrevista. A assessoria de imprensa do Mogi Mirim informou que o clube ainda não conseguiu identificar quem danificou a porta, mas está tentando descobrir. A súmula do jogo trata o autor dos chutes como indivíduo não identificado.

No intervalo do jogo, Luiz aguardou a saída do trio de arbitragem e, segundo relatório do árbitro, proferiu as seguintes palavras: “Seu f.d.p., você é um safado, mal intencionado, nunca mais vai apitar aqui”.

Presidente disparou contra a arbitragem no intervalo da partida. (Foto: Rafael Bertanha/ E aí? Produções)
Presidente disparou contra a arbitragem no intervalo da partida. (Foto: Rafael Bertanha/ E aí? Produções)

Ainda segundo o relatório, Luiz foi contido pelos policiais e fiscalização, mas deu a volta e foi até a porta do vestiário da arbitragem, que dá acesso ao estacionamento, e continuou disparando contra o árbitro: “Segunda eu vou lá na Federação, vejam o que vocês fizeram com o meu time. Nem amarelo deu pro cara. Era vermelho, quase quebrou a perna do Deretti. Podem relatar o que quiserem. Vocês não saem daqui hoje. Não foi gol, não. Meu jogador está indo pro hospital. Vocês não viram? São todos f.d.p.”.

Ainda segundo o relatório, o indivíduo não identificado, disse: “Podem relatar o que quiserem, pode vir escolta e o ca… Vamos pegar todo mundo”. O mesmo indivíduo, segundo o relatório, desferiu chutes na porta do vestiário, gerando um rombo. Em seguida, o policiamento foi acionado para dispersar os envolvidos.

Porta do vestiário foi chutada, em momento de revolta. (Foto: Rafael Bertanha/E aí? Produções)
Porta do vestiário foi chutada, em momento de revolta. (Foto: Rafael Bertanha/E aí? Produções)

Já no final da partida, torcedores do lado de fora do estádio arremessaram pedras em direção ao estacionamento, que fica próximo ao vestiário da arbitragem e do Mogi. No relatório, o árbitro apontou uma conduta péssima dos torcedores e diretores do Mogi.

Os lances que revoltaram a diretoria do Mogi Mirim foram registrados no primeiro tempo. Nos primeiros minutos, o meia Jean Deretti teve que deixar o campo, com uma contusão no joelho, após sofrer uma entrada dura do zagueiro Luizão. A revolta mogimiriana foi pelo fato de o atleta adversário não ter recebido nem cartão amarelo. Ontem, após os exames, foi constatado que Deretti está fora do Paulistão. O outro fator que gerou a revolta foi a validação equivocada do terceiro gol do Novorizontino, marcado por Pedro Carmona, pois a bola tocou no travessão e pingou em cima da linha, sem ultrapassá-la. Diante dos erros, o Mogi Mirim pretendia acionar a Federação Paulista de Futebol.

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