O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar, depois do Carnaval, a prorrogação do auxílio emergencial, que deve começar a vigorar em março. A nova rodada seria de três parcelas de R$ 200, mas para metade dos trabalhadores que foram atendidos no ano passado, segundo o plano que está em estudo. A ideia é que o custo com a extensão do benefício fique fora do teto de gastos, regra fiscal que impede que as despesas públicas cresçam mais que a inflação do ano anterior. Mas a equipe econômica ainda defende que qualquer medida seja compensada por ações de ajuste fiscal. “Eu acho que vai ter, vai ter uma prorrogação”, disse Bolsonaro.
Aprovada denúncia
de assédio na Alesp
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, por 10 votos a 0, a admissibilidade da denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Fernando Cury (Cidadania). Cury foi flagrado pela câmera da Alesp apalpando a deputada Isa Penna (PSOL) por trás, em 16 de dezembro, em plenário, durante a votação do orçamento do Estado. Enquanto Penna conversava com a Mesa Diretora, Cury se aproximou por suas costas e passou a mão em seu corpo. Mesmo repelido pela colega, ele insistiu na abordagem. O episódio levou Penna a denunciá-lo ao Conselho de Ética. Ele já enfrenta processos relativos ao episódio em outras esferas: dentro de seu próprio partido e no Ministério Público de São Paulo.
Doria provoca
racha no PSDB
Em mais uma tentativa de viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2022, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou a integrantes da cúpula do seu partido um plano para assumir o comando do PSDB nacional, afastar o deputado mineiro Aécio Neves e abrigar dissidentes do DEM, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). O movimento expôs uma divisão no partido e foi visto por alguns tucanos como apressado, já que ninguém na legenda havia sido consultado previamente. A nova ofensiva de Doria acontece uma semana após o DEM ter rachado ao desembarcar do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Maia e derrotado na disputa à presidência da Câmara.
Maia avisa que
vai sair do DEM
O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou a colegas de partido que vai anunciar a desfiliação. Apesar disso, a legenda acredita que Maia vai se manter filiado. “Sim [Maia falou que vai sair do DEM], mas não creio que vá. Estamos conversando com ele”, declarou um correligionário. Maia conversou com integrantes do PSL e do Cidadania, mas ambos os partidos não receberam definição se ele vai se filiar. O ex-presidente da Câmara vai se reunir neste fim de semana com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), e o secretário de Fazenda do Rio, Pedro Paulo (DEM). Os dois pertencem ao mesmo grupo político e devem seguir a decisão que Maia tomar.
Mudança no DEM
pode afastar Huck
O apresentador Luciano Huck ainda não decidiu se vai ser candidato a presidente em 2022 e sequer se filiou a algum partido até agora. Mas, de acordo com Rodrigo Maia, se Huck entrasse para a disputa, provavelmente seria o candidato do DEM. Ele afirmou que estava tudo “90% resolvido”, mas que o apresentador deve se afastar do partido agora por causa da eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Segundo Maia, a decisão do DEM de declarar neutralidade na véspera do pleito e abrir caminho para a vitória do candidato do governo Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), acabou com os objetivos do partido de construir um projeto nacional, inclusive em torno de uma candidatura presidencial do apresentador da Globo.