Ainda sem conseguir os laudos necessários para reverter a interdição do Estádio Vail Chaves, o presidente do Mogi Mirim, Luiz Oliveira, revelou a chance de não realizar mais jogos do clube do Campeonato Paulista da Série A-2 na cidade. A revelação foi feita à rádio Visão, após a derrota para o Rio Claro. “A gente só tem até terça-feira (dia 7) para liberar o estádio. Se não liberar, nós vamos tirar e levar todos os jogos do ano para um novo local”, afirmou.
Terça-feira era o prazo para alteração do local do jogo contra o Juventus, marcado para o dia 15, quarta-feira, às 17h, pela quinta rodada. A partida foi antecipada para as 16h e transferida para o Estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira.
Na entrevista à rádio, Luiz reclamou da falta de apoio para a liberação. “A gente não consegue, não tem apoio da Prefeitura, não tem apoio de ninguém”, reclamou o presidente, que, na segunda-feira, foi até a Federação Paulista de Futebol para abordar o problema.
Na terça-feira, a assessoria de comunicação do clube disse que, apesar da fala do presidente, justificada pela falta de apoio, não serão tirados todos os jogos da cidade.
Luiz afirmou ter conseguido o laudo da Vigilância Sanitária, mas ainda faltar os laudos da Polícia Militar e Bombeiros. No entanto, no site da Federação, ainda não havia o registro atualizado da obtenção de um novo laudo da Vigilância. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, foi obtido um laudo provisório da Vigilância. O site da Federação aponta que o Mogi está com três laudos e um auto de vistoria vencidos desde novembro do ano passado. O único laudo em dia é o de Vistoria de Engenharia, aprovado e válido até 28 de agosto de 2018.
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e o laudo de Prevenção e Combate de Incêndio venceram em 30 de novembro. O laudo de Condições Sanitária e de Higiene, da Vigilância, aparecia como vencido no dia 25 de novembro.
Já o laudo de Segurança da Polícia Militar reprovou o estádio, em 10 de novembro. A restrição mais séria, que gera a reprovação, é do tema “Restos de obras e conserto dos banheiros no setor visitante”. As providências são construir uma parede no setor mandante, segundo o laudo, destruída para realização de show, e consertar banheiros na área de visitante para evitar que restos de concreto sejam arremessados no campo ou usados em brigas. Além de reprovar o estádio, o laudo venceu em 25 de novembro.
Segundo Luiz, entre as medidas a serem tomadas estão reparos prometidos pela organização do show de Wesley Safadão. A Villa Imperial Eventos, responsável pela organização, admitiu que ainda precisa fazer reparos referentes a pontos onde houve abertura do alambrado. Porém, salientou que são questões simples e não ser esse o motivo para interdição e sim os laudos vencidos, lembrando que justamente por isso o show teve que ser realizado em novembro, pois em dezembro não haveria mais liberação. A organização afirmou que para conseguir a liberação dos Bombeiros teve que colocar em funcionamento a sirene e hidrante do estádio, que não estavam funcionando, tendo assim deixado melhorias ao clube. A organização confirmou ter feito o pagamento de R$ 40 mil pelo aluguel do Vail.
Mogi manda jogo em São Paulo e depois em Limeira
A próxima partida do Mogi Mirim, diante do Barretos, pela quarta rodada do Campeonato Paulista da Série A-2, que originalmente seria no Vail Chaves, foi transferida para o Estádio Nicolau Alayon, do Nacional, em São Paulo. O jogo também teve uma mudança de data. Antes marcado para o próximo sábado, às 17h, foi transferido para o domingo, às 10h.
A partida diante do Juventus no dia 15, quarta-feira, válida pela quinta rodada da competição, foi antecipada de 17h para 16h e transferida para o Estádio Major Levy Sobrinho, o Limeirão, em Limeira. A alteração ocorreu na terça-feira, prazo final para mudança de local.
Pelo artigo 44, parágrafo 2º do Regulamento Geral de Competições da Federação Paulista de Futebol (FPF), na impossibilidade de uso do seu estádio, o clube deve indicar formalmente ao Departamento de Competições (DCO) da FPF outro local devidamente aprovado com oito dias de antecedência da partida. Caso a comunicação não ocorra no prazo, a pena é a não realização da partida, com consequente W.O. para o mandante.
Assim, o Mogi tinha até terça-feira, dia 7, para mudar o local da partida diante do Juventus.
Agora, a nova oportunidade para jogar em casa será na sétima rodada, diante do Bragantino, no dia 25 de fevereiro, um sábado, às 16h.
A partida está atualmente marcada para o Estádio Vail Chaves.
O primeiro jogo do Sapo fora de casa com mando de campo do clube ocorreu na segunda rodada, quando perdeu para o Velo Clube, no Limeirão.
Na zona de rebaixamento, sem conseguir pontuar, o Mogi enfrenta uma desorganização que afeta diretamente em campo: primeiro pelo atraso da montagem do elenco, refletida no desempenho do time, e depois pela interdição do Vail Chaves, fazendo a equipe perder o fator casa como aliado.