sexta-feira, abril 18, 2025
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Preto aborda Botafogo, depressão após diagnóstico e superação

De volta ao Boteco, o ex-profissional Givanildo Silva, o Preto, conta o caso da depressão causada após ouvir de um médico, no Botafogo, de que não voltaria a andar e revela como conseguiu superar o drama e retornar aos gramados.

Boteco – Você esteve no Botafogo na época de quais atletas?

Preto – Foi muito engraçado. Estava o Túlio, ele foi artilheiro e campeão (em 1995) e nem no banco ia (entre o final de 2000 e início de 2001). A torcida quando ele ia no banco, vaiava ele. Donizete jogava e o Rodrigo. O Dimba e o Robgol nem no banco iam também. Daqui a pouco no ano seguinte, o Dimba foi um dos maiores artilheiros e o Robgol também, então futebol não pode desistir, os caras estavam largados, nem jogavam. O Souza (ex-São Paulo) largado, Jadilson largado. E daqui a pouco os caras explodiram.

Boteco – E você jogava ou ficava no banco?

Preto – Eu joguei o primeiro jogo e daí machuquei. E eu ia jogar a final do Rio São Paulo, Botafogo e São Paulo, que o Kaká fez os 2 gols, eu estava assistindo. Os caras gostavam de mim pra caramba. Daí machuquei no treino, o cara (médico) falou que nem andar mais eu ia, fiquei 2 anos sem andar. Mas consegui voltar e ser bicampeão capixaba.

Boteco – Seu problema era o joelho?

Preto – É o joelho, tenho 5 cirurgias no esquerdo, três no direito e duas no tornozelo. Andar dói para caramba, mas consigo fazer muita coisa, para quem não ia andar, né? O médico do Botafogo era da seleção.

Boteco – Aí você entrou em depressão no Botafogo?

Preto – O médico falou que eu não ia andar, eu ia vender o passe, o passe era meu que o Wilson tinha me dado, eu ia vender por 800 mil. Aí eu fiquei indo, que sou de Belém, de Belém a São Paulo, Belém, São Paulo.

Boteco – Você não ficou fazendo tratamento lá?

Preto – Não, porque eles não queriam fazer cirurgia. E aí eu não conseguia fazer nada, aí pensei mesmo em tirar a vida. Minha esposa sabe que eu gosto de pescar. Ela não gostava, eu estava deitado uns três meses já, só cama, aquela depressão. Aí ela me chamava e a gente ia pescar. E foi me dando ânimo, daí o Henrique Lanhelas arrumou os caras… Um japonês tinha visto meu DVD, queria me comprar. Pagaram a cirurgia para eu ir pro Japão. O Lanhelas de novo…

Boteco – O Lanhelas foi muito importante pra você, então?

Preto – Muito, até a gente estava comentando. Ele: “caramba, eu te ajudei, hein? Quem vai te empregar, tu 2 anos parado, sem andar?”. E o japonês fez o contrato na quarta. E falou: “no domingo, tu já joga”. Aí eu: “mas ninguém falou que eu tava machucado?”.

Boteco – Dois anos sem jogar e já queriam ir pro jogo?

Preto – Dois anos (risos). Queriam que eu fosse pro Japão e jogar. Eu falei: “não”. Eles gostam da verdade. Aí que ele me ajudou a voltar, fiz a cirurgia, o médico não operava, eu operei uma vez, não deu certo. E esse médico do São Paulo me operou e garantiu que eu voltava. Ele operou o Kaká, que tinha um problema nas costas, operou o Raí, o Zetti, que era o mesmo problema de cartilagem. Aí fiquei uns 3 meses e voltei a andar, não sentia dor.

Boteco – Aí você foi pro Japão?

Preto – Não. Eram 6 meses, eu levei um ano me recuperando. Aí o japonês empresário queria que eu fosse pro Paraguai. Aí eu não fui, eu fui pro Divinópolis.

Boteco – Preto volta para contar curiosidades no Paysandu, Sapão e revelar qual seu jogo inesquecível na carreira.

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