A Polícia Federal enviou esta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final sobre o inquérito aberto para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da negociação para compra da vacina Covaxin. O documento diz que o presidente não cometeu crime de prevaricação. “Não há materialidade, não há crime”, concluiu a PF. A investigação foi aberta em julho do ano passado pela ministra Rosa Weber. A medida atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi motivada por notícia-crime protocolada no STF pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabiano Contarato (Rede-ES).
TSE define tempo
de propaganda
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu o tempo que os partidos terão na propaganda gratuita no rádio e TV. De acordo com a portaria, as legendas com mais tempo serão DEM, MDB, PDT, PL, PP, PSB, PSD, PSDB, PSL, PT e Republicanos. Todos terão disponíveis 20 minutos e 40 inserções nos dois meios de comunicação durante o primeiro semestre deste ano. A Justiça Eleitoral usou o desempenho das legendas nas eleições gerais de 2018 para distribuição do tempo, além de eventuais retotalizações de votos para a Câmara dos Deputados, fusões e incorporações de legendas. No total, foram distribuídos 305 minutos de veiculação e 610 inserções aos 23 partidos que cumpriram os requisitos.
‘De volta à
cena do crime’
O clima eleitoral já é visível. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupa críticas ao oponente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobrou até mesmo para a possível aliança entre o ex-presidente da República e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido). “Dos R$ 100 bilhões que a Petrobras pagou de dívidas no ano passado, R$ 6 bilhões vieram de dinheiro de acordo de leniência e devolução por parte de delatores. Um só delator devolveu R$ 100 milhões. Da onde vem essa grana? E querem reconduzir à cena do crime o criminoso juntamente com Geraldo Alckmin? É isso que queremos para o nosso Brasil? Três anos de governo. Três anos na frente desse navio. Mas com dois anos de mar revolto”, disse.
Lula chama Jair
de subserviente
O ex-presidente Lula afirmou nesta semana que o presidente Jair Bolsonaro é o chefe do executivo “mais subserviente” ao Congresso Nacional da história do país. Segundo Lula, o governo federal perdeu autonomia na construção do orçamento da União, e “o relator [do Orçamento no Congresso] tem um poder maior que o ministro da Economia”. “É um presidente que disse que a política velha não ia mandar e que subordinou o seu mandato ao Congresso Nacional. Nunca, desde a proclamação da República, a gente sabe de algum momento na história em que um presidente esteve tão submisso ao Congresso Nacional. Não ao Congresso como um todo, mas ao Congresso com os partidos que lhe sustentam”, afirmou.
A ‘ômicron
do Bolsonaro’
O ex-ministro e pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), criticou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) nesta semana. O pedetista também se afastou dos outros políticos da chamada 3ª via, que seria uma alternativa ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Lula. “Inventaram esse negócio de 3ª via. Como assim 3ª via? Essa gente que está se apresentando como 3ª via é tudo viúva do Bolsonaro”, disse Ciro. “O Doria fez o BolsoDoria e o Moro é a variante da Covid do Bolsonaro, é a ômicron do Bolsonaro”. “Esse núcleo de barões da imprensa nacional – 5 famílias –, a cada eleição eles escolhem um cavalo paraguaio qualquer para tentar engatar nele”, disse Ciro. “O Moro trocou os pés pela mão”.