A Previdência Social têm se tornando um dos principais desafios para o governo há algum tempo, visto que, desde que foi criada permanece a mesma, sendo que passamos por grandes mudanças ao longo dos anos.
Uma das principais transformações se dá com a população, que tem aumentado a expectativa de vida e diminuído a natalidade. Num cenário assim, o passar do tempo resulta em um número maior de idosos e menor de jovens, numa equação que tem o resultado de um número maior de aposentados e menor de trabalhadores contribuindo com a Previdência.
No ano de 2015, por exemplo, em torno de nove trabalhadores eram necessários para o pagamento de uma única aposentadoria. Caso a Previdência não passe por uma reforma, ainda esse ano e/ou em breve, em 2030, ou seja, a pouco mais de 10 anos, quatro trabalhadores serão responsáveis por essa tarefa que era feita por nove.
Muitos podem até pensar, que se diminuirmos a quantidade de pessoas para se executar uma mesma atividade, podemos conseguir melhores resultados (melhora da eficiência), afinal de contas, muitas indústrias fazem o mesmo buscando maior produtividade. Correto? Sim.
Porém, eficiência não se aplica ao problema em questão, pois a previdência não funciona desta forma. Para facilitar a compreensão, pense no seguinte: se precisarmos fazer um bolo e ratearmos os custos que teremos com os ingredientes, será melhor se tivermos mais ou menos pessoas para custear o confeito? A tarefa é fazer o bolo, e quanto maior o número de indivíduos no rateio dos ingredientes, menor a carga no bolso de cada um…
Portanto, caso nenhuma reforma saia do papel, será necessário aumentar as taxas sobre cada trabalhador em idade ativa para conseguir pagar aposentados e pensionistas. De outro modo, a conta não fechará e o governo continuará acumulando uma dívida que já está gigantesca e próxima de gerar paralisação do governo.
Creio que aumentar impostos não é o desejo de nenhum de nós, afinal já temos uma enorme carga tributária. Desta forma, corrigir os defeitos que fizeram com que a Previdência chegasse no atual ponto, se faz extremamente necessário, afinal é um sistema que beneficia em demasia uma pequena parcela (funcionalismo público) em detrimento do restante da população. Isso gera desigualdade.
Por Thais Afonso Silva
Formada em Administração CPA-10
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