Uma ação trabalhista do ex-goleiro do Mogi Mirim, André, contra o clube, conseguiu o bloqueio dos ônibus do Mogi Mirim, gerando o impedimento da venda do patrimônio a terceiros. O presidente Luiz Oliveira chegou a tentar a venda do ônibus de viagem, mas não foi bem sucedido.
Na ação, em que reclamou de salários e férias em atraso, além da ausência de recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), André conseguiu a rescisão, com a concessão de uma tutela de emergência pela juíza Patrícia Glugovskis Penna Martins, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em janeiro. Como o goleiro ainda tem a receber valores referentes a multas e salários, a Justiça definiu o bloqueio dos ônibus.
Remoção
Questionado por O POPULAR quanto à possibilidade de efetuar o pedido de remoção do ônibus de viagem, que chegou a ser encontrado abandonado em um posto de gasolina, o advogado de André, Wilson Bonetti, confirmou o bloqueio e disse ter feito esta reivindicação à Justiça. Bonetti revelou ter pedido a remoção de todos os ônibus, para um local que seria depois definido, mas considera difícil o pleito ser atendido pela Justiça. Bonetti contou que um dos argumentos para a remoção foi o fato de o ônibus ter ficado abandonado, o que representava o risco de depreciação do bem.
O POPULAR questionou o clube sobre atual localização do ônibus, mas não obteve resposta.
Contrato
O contrato de André, revelado na base, era válido de setembro de 2013 a agosto de 2016, sendo depois prorrogado até 31 de dezembro de 2017. Na ação, André denunciou a inadimplência desde maio de 2016, considerando ter recebido salário apenas em julho, setembro e dezembro. Outro fator foi o não recolhimento de FGTS desde fevereiro de 2016. Houve ainda a reclamação da não concessão de férias em 2015 e 2016.
