Um professor de Educação Física da Escola Estadual Rodrigues Alves, no Centro, foi acusado de passar as mãos nas nádegas de uma aluna de 15 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio, durante uma aula realizada na manhã do dia 14, segunda-feira. O caso foi levado, pela mãe da aluna, ao conhecimento da Delegacia de Defesa da Mulher e registrado pela Polícia Civil como de espécie de crime contra a dignidade sexual, de natureza violação sexual mediante fraude.
A aluna contou que estava na aula de Educação Física fazendo alguns exercícios, quando o professor disse que a estudante estava realizando o exercício da forma correta. Então, se aproximou da aluna para demonstrar aos demais colegas como seria a maneira certa de realizar o exercício. Então, o professor teria falado para a aluna “colocar a bunda para baixo”, explicando qual posição era errada, e puxou o passador da calça da adolescente, fazendo sua calcinha ficar à mostra diante dos colegas.
A estudante também contou que o professor a pediu para que fizesse outro exercício, com os pés, os joelhos e as mãos no chão, falando, então, para ela empinar a bunda. Então, a aluna conta que o professor passou as mãos em suas costas e nádegas. Depois, pediu para ela colocar o queixo no chão e, após o exercício, teria rido e dito que gostou de ver.
A aluna contou para a mãe que em outras oportunidades o professor já havia feito algumas brincadeiras com a menina. Disse que, em uma ocasião, a chamou para acompanhar na leitura de um texto e, então, passou as mãos em suas costas. Na época, no entanto, não havia percebido intenções libidinosas por parte do professor, mas depois do ocorrido na aula de segunda-feira, ficou constrangida e com receio. Outros alunos que presenciaram a cena, na segunda-feira, também teriam estranhado a postura do professor.
O POPULAR procurou a Secretaria de Educação do Estado, que emitiu nota afirmando que a Diretoria de Ensino adotou todas as providências para checagem do fato logo que tomou conhecimento, inclusive com a participação do vice-diretor, que também é professor mediador. Os responsáveis pela aluna participaram de reunião com a direção da escola e a supervisão de ensino da unidade. A denúncia está sendo investigada internamente, por meio de uma apuração preliminar. “A direção está disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários para a Polícia Civil, que também investiga o caso”, conclui a nota.