sábado, setembro 14, 2024
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Professores da Lyra se apresentam em Munique, nos dias 6 e 8 de outubro

Dois professores da Lyra Mojimiriana embarcam hoje com destino à Alemanha. A experiência inusitada de receber um convite para tocar num dos mais importantes teatros do mundo, o Centro Cultural Gasteig, que também é a sede da Orquestra Filarmônica de Munique, será vivida por Ricardo Camatari Pavaneli e Rodrigo Montero Cappi, ao lado do grupo Oficina de Cordas.

Ricardo Camatari e Rodrigo Cappi ao lado de Carlinhos Lima, na sede da Lyra (Foto: Ana Paula Meneghetti)

O objetivo da viagem é divulgar o grupo, do qual ambos são integrantes, durante as duas apresentações que serão realizadas na cidade alemã. No dia 6, os músicos farão um concerto de caráter mais popular, no Centro Gasteig. Já, no dia 8, outro concerto, promovido nos arredores de Sendling, bairro de Munique, ganha um tom erudito. O repertório será repleto de música brasileira, tocando compositores como Heitor Villa-Lobos, César Guerra-Peixe e Claudio Santoro.

Cappi, diretor artístico da Oficina de Cordas, contou que gravou um CD e mandou cópias para diversos lugares no exterior. A oportunidade, então, apareceu quando um grupo teuto-brasileiro, chamado Associação Cultural DBKV, juntamente com a Secretaria de Cultura de Munique, que promove atividades culturais brasileiras na Alemanha, aprovou o projeto e fez o convite.

Para o violinista Pavaneli, felizmente, a Oficina de Cordas está na contramão da atual situação da música no país. A crise no setor cultural tem afetado as principais orquestras do Brasil. Sinfônicas e Filarmônicas estão fechado as portas por conta da falta de investimento e carência de estrutura. “Em um momento tão difícil, receber um convite desse não tem preço. Dá um fôlego”, acrescentou Cappi.

Ele acredita que o diferencial do projeto tenha sido a proposta de fusão da cultura brasileira com a europeia. “São dois professores, membros atuantes, e que vão trazer conhecimento e divulgar a Lyra”, afirmou o diretor artístico da Lyra Mojimiriana, Carlos Lima.

E a viagem não estaciona por aí. No dia 9, os docentes acompanham uma apresentação em Veneza, na Itália, e já iniciam as tratativas para trazer um solista que fará uma espécie de circuito entre as orquestras brasileiras. O pagamento das despesas relacionadas aos concertos, como divulgação e locação do teatro, por exemplo, está garantido pela Alemanha. Uma campanha com objetivo de angariar fundos ainda foi feita para custear parte dos gastos com transporte, hospedagem e alimentação dos músicos.

Quem é?
A Oficina de Cordas, orquestra situada em Campinas, conta com uma história de 25 anos. Em todo esse período, manteve suas atividades por conta própria, sempre de forma independente, sem fins lucrativos e sem nenhum patrocínio fixo.

Realizou os circuitos Sesc São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e Sesi – São Paulo de música erudita. Gravou cinco discos, tendo como destaque o Tempo da Delicadeza, junto com a cantora Concíglia Latorre. Atualmente desenvolve, no mesmo município, um projeto que leva sistematicamente o aluno da escola pública até o teatro.

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