Sabe, por mais que as coisas estejam difíceis por conta de tudo de ruim que vemos acontecer no Brasil, às vezes, em nossa cidade, enfim, no mundo como um todo, acredito que ainda é possível que as coisas mudem. É complicado pensar em como isso pode ocorrer, mas não é possível que um dia essa onda de coisas negativas não será amenizada. Quando eu digo isso para os jovens fico um tanto quanto preocupada com a negatividade deles, muitos dizem que não vale a pena se envolver em projetos, ter ideias, acreditar na mudança. Como assim? Fico preocupada. Eles são o futuro, precisam ter esperança.
Eu nunca fui uma pessoa conformada com a sociedade, sempre acreditei que era e é possível alterar o rumo das coisas. Nem que sejam pequenas mudanças. E sempre ouvi de pessoas mais próximas que eu era apenas uma gota no oceano e que só minhas ações não mudariam nada. Mas, nunca deixei minha esperança de lado e sempre acreditei que, posso não mudar o mundo, mas posso alterar coisas, mesmo que pequenas, ao meu redor. Os projetos voluntários que participo e já participei cumprem esse papel na minha vida, assim como estar engajada em campanhas e projetos de melhorias.
Na última semana, participei de uma força-tarefa para arrecadar alguns itens para uma festinha do Dia das Crianças. Fiquei surpresa e contente com a quantidade de itens arrecadados. Mais ainda com as pessoas que participam mesmo que indiretamente, doando desde pães até balas, e refrigerantes. Quem nos ajudou, muito obrigada! Saibam que fizeram muitas crianças felizes.
Essa ação é uma das entre tantas ações que participei. Já ajudei em uma escola com aulas de desenho, participo de um cursinho pré-vestibular sendo professora voluntária, visitei asilos, doei roupas, brinquedos e alimentos, enfim. Participo como eu posso, sempre que eu posso.
Os exemplos acima, não que me coloque como exemplo – nem quero ser. Mas exemplificam formas de atividades que são meios para ajudar a sociedade e proporcionar o bem. Porque é muito cômodo que reclamemos das coisas como estão, mas atrás de nosso celular ou computador. É claro que é válido, pois assim podemos divulgar os problemas que são importantes que a sociedade conheça, mas também é preciso colocar a mão na massa. Pode ser, como disse acima, que nossa ação não mude nossa cidade e o planeta, mas com toda certeza irá impactar a vida de alguém ou de algumas pessoas. O que não dá é para ficar parado. Seja um agente da mudança também. Quando você ajuda e se envolve, você também ganha: o seu coração fica preenchido e não deixa de ter esperança em dias melhores.
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.
