A ameaça de uma greve geral em todo o país nesta sexta-feira, arquitetada por centrais sindicais, e uma resposta ao governo do presidente Michel Temer (PMDB) contra as reformas da Previdência e a Trabalhista, que irão para votação no Congresso Nacional, devem mexer com a rotina de Mogi Mirim e Mogi Guaçu. Sindicatos das duas cidades vêm articulando ações que serão vistas em ambos os municípios, e sacramentadas em uma reunião realizada na manhã de segunda-feira, na sede do Sindicato dos Condutores de Mogi Guaçu e Região.
Mantidos em sigilo, não foram divulgados quais os tipos de ações, hora e locais em que serão organizadas. A estratégia é informar as manifestações com poucos minutos de antecedência. Entretanto, a maior parte dos protestos deverá ficar concentrada em Mogi Guaçu, e chegar a Mogi Mirim de forma mais tímida. O objetivo é parar a cidade vizinha e mostrar a indignação contra os projetos de Michel Temer. Ruas, avenida e rodovias deverão ser interditadas pelos manifestantes.
De acordo com informações do Jornal Gazeta Guaçuana, a ideia em Mogi Guaçu é parar a circulação dos ônibus urbanos e no Terminal Rodoviário Urbano Parque dos Ingás. O POPULAR apurou que outro objetivo é promover protestos na SP-340 e na Rodovia Nagib Chaib, que liga Mogi Mirim a Mogi Guaçu.
Plano
As ações entre as duas cidades começaram a ser articuladas há menos de dez dias e ratificadas na segunda-feira. Participam diversas frentes sindicais, em especial as de Mogi Guaçu, como o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Guaçu, Sindicatos dos Empregados no Comércio de Mogi Guaçu e Região, Sindicatos dos Papeleiros de Mogi Guaçu, Sindicato dos Condutores de Mogi Guaçu e Região, Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Guaçu e Região, Sindicato da Construção Imobiliária de Mogi Guaçu e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Em Mogi Mirim, o Sindicato da Alimentação também confirmou presença nas manifestações.
Com a confirmação da Apeoesp, escolas estaduais podem suspender as aulas, contudo, nenhuma instituição em Mogi Mirim ou Mogi Guaçu teve o nome divulgado até ontem. Os sindicatos que representam os Correios e agências bancárias também podem ordenar a paralisação na sexta-feira.
Na capital paulista, ao menos, sete categorias já haviam aderido à greve geral e outras cinco devem definir participação entre hoje e amanhã.