Tucano histórico, o atual diretor da SP Negócios, Aloysio Nunes Ferreira, foi um dos líderes tradicionais do PSDB procurados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em aceno ao centro neste ano eleitoral. Em entrevista ao Estadão, Aloysio defendeu como prioridade impedir a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Ex-senador e ex-ministro da Justiça e das Relações Exteriores, Aloysio disse ver potencial na candidatura do governador João Doria ao Palácio do Planalto, mas destacou que, se o tucano “não decolar”, não há opção viável na “terceira via”. Ao analisar a crise interna do partido – uma ala contrária à candidatura própria à Presidência tem pressionado a pré-campanha de Doria -, o ex-chanceler afirmou que o PSDB “não é mais uma referência nacional”.
TSE: acordo com
as redes sociais
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formalizou esta semana a parceria com as redes sociais com o objetivo de combater a desinformação sobre o processo eleitoral deste ano. Neste ano, a novidade foi a inclusão da Kwai, plataforma de compartilhamento de vídeos curtos. “Vamos ter um canal direto com o TSE para [denunciar] conteúdos que violem a legislação eleitoral”, disse Wanderley Mariz, diretor de relações governamentais e políticas públicas da rede social. Facebook e Instagram disseram que abrirão canal de denúncia exclusivo para o TSE. O Twitter, por sua vez, demonstrou postura mais cautelosa. Já o WhatsApp disse que continuará a suspender contas que apresentem “atividade inautêntica”.
União Brasil
e o MDB juntos
O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar (PE), disse nesta semana que seu partido e o MDB “caminharão juntos” mesmo que não seja possível fechar uma federação partidária. Os dois partidos costuram uma aliança com o PSDB. “O martelo já está batido, nós e o MDB vamos caminhar juntos. Isso está certo. Vamos caminhar juntos para tentar a federação. Se, por acaso, não for possível fazer federação, porque você tem que ver os Estados, aí nós vamos caminhar juntos independente da federação”, disse Bivar a jornalistas na Câmara. A fusão entre o DEM e o PSL, que criou o União Brasil, foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada.
Centrão quer
Tereza Cristina
Ministros do Centrão pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL) a escolher uma mulher como candidata a vice em sua chapa. O nome que a ala política do governo tenta emplacar é o da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, hoje no DEM, mas prestes a se filiar ao Progressistas, partido do chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Pesquisas da pré-campanha indicam o machismo como um dos pontos fracos de Bolsonaro, que perde cada vez mais votos no eleitorado feminino. A avaliação de aliados do governo é a de que Tereza Cristina, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, pode ajudar a quebrar resistências ao presidente.
‘Jantar de
derrotados’
O governador paulista João Doria (PSDB) classificou o encontro ocorrido em Brasília com representantes da ala tucana contrária à escolha de seu nome como pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB como um “jantar de derrotados”. Em entrevista à Rádio Eldorado, Doria ainda afirmou que o ” PSDB é maior do que cinco pessoas”. Caciques da legenda como o deputado Aécio Neves (MG), o senador Tasso Jereissati (CE), o ex-senador José Aníbal (SP) e até mesmo o governador Eduardo Leite (RS), derrotado nas prévias ano passado, se reuniram na casa do ex-ministro Pimenta da Veiga para debater alternativas ao nome de Doria, que segue estagnado nas pesquisas.