Em Mogi Mirim, algumas situações básicas, que não deveriam nem ser alvo de questionamentos por se tratarem do óbvio obrigatório, acabam sendo motivo de comemoração diante da triste realidade. A cidade sente a falta de uma série de necessidades e vive um momento caótico por fatores como a crise financeira nacional e municipal aliada à incompetência da gestão pública da administração de Gustavo Stupp (PDT).
Um ponto positivo a ser comemorado, por fatores como o acaso positivo aliado ao básico existente, ocorreu na última sexta-feira, com o registro de um temporal intenso pela cidade.
Três carros foram arrastados pela força da água em trecho na Avenida Luiz Gonzaga de Amoedo Campos, entre a Rua Dona Sinhazinha e a Rua 7 de Setembro, próximo ao córrego do Complexo do Lavapés e a poucos metros do Teatro de Arena. Um carro foi levado em direção ao córrego e a presença de um muro de concreto ajudou a impedir que o veículo caísse na água com as duas pessoas no interior. Uma força-tarefa envolvendo aproximadamente 15 homens do Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar atuou. A presença do muro ajudou a evitar uma tragédia.
No ano de 2012, uma família, com um casal e duas crianças, morreu após ter o veículo arrastado ao Córrego Santo Antônio, às margens da Avenida Brasil. O corpo de um bebê foi encontrado somente no dia seguinte. A falta de uma proteção, como um guard-rail, que depois foi providenciada, poderia ter evitado a tragédia.
Um exemplo de carência de situação básica que poderia provocar um acidente é o não funcionamento, há tempos, do semáforo localizado na Praça Floriano Peixoto, na esquina da Rua Padre José. Os acidentes só não ocorrem pela comunicação dos próprios motoristas, que se veem em dúvida se devem passar ou aguardar o companheiro. A dificuldade de visibilidade torna ainda mais perigosa a ocorrência de acidentes. A impressão que se dá é que uma preocupação compromissada para resolver o problema dependeria do registro de um colisão grave.
Buracos nas calçadas e ruas de Mogi Mirim também estão escancarados, com a ausência de intervenções básicas que serviriam para evitar problemas como lesões por torções e quedas, ou danos nos veículos, gerando prejuízos aos munícipes.
Pensar em crescimento em Mogi Mirim, com atração de indústrias e geração de empregos, investimento em cultura e em uma saúde de qualidade é hoje sonho distante. A fase da cidade é tentar comemorar o básico, como um muro de concreto ou o conserto de um semáforo.