sexta-feira, novembro 22, 2024
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Quando se dificulta o que já é difícil

Eleger um deputado estadual ou federal de Mogi Mirim é uma missão complexa. Mogi tem 68.053 eleitores. Em 2018, 52.489 foram às urnas. O número de votos necessários para se eleger deputado varia muito de acordo com o partido, em função do quociente eleitoral. No entanto, estima-se que para ser eleito precisaria ter no mínimo, cerca de 25 mil votos, algo expressivo para um município do tamanho de Mogi. Em geral e em teoria pela tendência observada, o candidato precisaria de uma expressiva votação em outros municípios.

Em 2018, o deputado estadual eleito menos votado foi o Coronel Nishikawa (PSL), com 23.094 votos, impulsionado pelo sucesso nas urnas do partido de Jair Bolsonaro. Uma série de candidatos com votação mais expressiva não se elegeu, entre eles Feliciano (PRP), com 81.458 votos. Para federal por São Paulo, o menos votado eleito foi Guiga Peixoto, do PSL, com 31.718 votos. Miguel Haddad (PSDB) teve 86.042 votos, mas não se elegeu.

Considerando a soma de 5 candidatos a estadual com vínculo com Mogi, foram 9.950 votos na cidade. O mais votado na cidade entre os cinco foi Robertinho (Patri): 3.994 votos. Caso se somasse os votos dos 5 em outras cidades, o número atinge 21.707, ainda insuficiente. O mais votado neste caso, com 6.426 votos, foi Aloisio Bueno. Com cerca de 25 mil, Aloisio seria eleito, por estar no PSL, de Bolsonaro. Já a soma de 4 candidatos a federal foi 3.065 votos. O mais votado foi Diógenes Campos (PPL), com 1.535. Na soma em outras cidades, o número aumenta para 5.277, com Diógenes com 1.897. Se somar a votação do mais votado de Mogi Guaçu em todas as cidades, Alex Tailândia, que recebeu 15.052 votos, o número chega a 20.329, o que seria pouco.

Para eleger um candidato em Mogi sem apoio da região, a cidade teria que abraçá-lo realmente. Indubitavelmente, ter 4 candidaturas a federal e 5 a estadual torna a missão ainda mais difícil pela divisão. Uma união com Mogi Guaçu em torno de um nome ajudaria. Hoje, o que mais consegue esta união na região é o reeleito Barros Munhoz, o segundo mais votado em Mogi, com 6.204 votos.

Unir uma série de partidos em torno de um nome apenas seria complicado uma vez que cada ala tem uma ideologia, mas lideranças de visões semelhantes poderiam se unir se o objetivo fosse ser eleito e beneficiar a comunidade, sem vaidades. A falta de uma sensação do eleitorado de um projeto realmente formulado para o sucesso na eleição faz os eleitores de Mogi muitas vezes escolherem outras opções ou até anularem. Parte dos candidatos passa a impressão de se lançar com objetivo de fortalecer o nome visando futuras eleições, o que desmotiva o eleitorado. A divisão e a falta de um projeto de qualidade, com planejamento, tornam uma missão já espinhosa ainda mais complicada.

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