Depois de quase quatro anos sob a batuta de Gustavo Stupp (PDT), em um governo que pareceu mais de fantasia do que real, Mogi Mirim está a poucos dias de conhecer seu mais novo comandante. Cinco candidatos ao cargo disputam a preferência do eleitorado nas eleições municipais do próximo domingo. Em uma campanha atípica, com menor tempo de exposição dos candidatos, mudanças no formato de propaganda de cada um e com poucos recursos financeiros, o boca a boca, a conversa olho no olho e a sinceridade prevaleceram ao longo de 45 dias. Cansada de promessas, a população sabe que precisa de alguém que coloque a cidade nos eixos e que os ajude, coisa que foi deixada de lado nos últimos anos.
Com uma ressalva ou outra, a campanha, de uma maneira geral, não contou com momentos de baixaria, conflito ou exposição negativa de forma acentuada deste ou aquele candidato. Com a ressalva de opiniões e comentários em redes sociais, pouco se viu nas ruas. O único candidato atacado de forma contundente foi Carlos Nelson Bueno (PSDB), por duas vezes, em panfletos sem autoria assumida. No mais, um processo nem tão tranquilo, nem tão calmo, mas dentro de sua normalidade.
Seja quem sair vitorioso nas urnas no domingo, os derrotados não poderão jogar a toalha e abdicar de suas respectivas lutas pelo município. Ao longo da campanha, projetos que visam retirar a cidade do buraco foram divulgados aos montes, muitos deles com propostas totalmente viáveis, como a melhoria nos serviços públicos essenciais, a exemplo da coleta de lixo, galhos, entulhos, tapa-buracos, reformas de guias, sarjetas, calçadas entre outros, como aqueles que irão precisar de maior complexidade, como a dívida do Poder Público com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), contratos duvidosos, débitos com fornecedores e prestadores de serviços e um verdadeiro pente-fino dentro da Administração Municipal. Para não falar de tantos outros.
De certo é que os perdedores devem continuar seu trabalho com afinco e dedicação. Não é correto voltar os olhos para a cidade em período de eleição e fechá-los após o pleito. Abdicar de suas convicções será uma derrota para eles mesmos.
Será necessário um acompanhamento assíduo de quem saiu derrotado em cima do eleito. Como fazer isso? Por meio da fiscalização da gestão e do uso do dinheiro público, a sugestão de melhorias, a batalha por aquilo que for melhor para o mogimiriano. Mais do que isso. Todo o amor e carinho demostrado nessas últimas semanas não pode cessar se o resultado não for o esperado. Claro que abatimento e tristeza por não conseguir o resultado almejado serão atitudes normais. Mas, o interesse coletivo deve se sobressair ao individual. O novo prefeito não fará mágica. É preciso a contribuição de todos para que Mogi Mirim volte a ser grande e respeitada. Que os perdedores não adormeçam.