Um dos eventos mais aguardados acontece entre hoje e amanhã em Mogi Mirim, a final do Festival Ecomogi. O evento, que vem sendo realizado desde julho, mesclou uma gincana sustentável e ainda uma grande disputa entre vinte bandas de rock’n’roll que vieram de diversos municípios. Nesta tarde, haverá a competição entre as cinco bandas finalistas e amanhã será o dia de conhecer a escola campeã da gincana na festa das crianças que acontece no Zerão. Hoje, haverá ainda a participação das bandas Máfia do Blues e Major Rank e do Dj Ed Padovan.
Para saber mais sobre as bandas que se apresentam e suas músicas autorais O POPULAR preparou entrevistas especiais para você acompanhar os trabalhos dos grupos:
Banda: Tanto Herói Canalha
Música: Boa Nova
Cidade: Mogi Guaçu
A música finalista se chama Boa Nova, que trata sobre fechamentos de ciclos e início de outros relacionamentos. “Ela já tem seis anos e foi se aprimorando cada vez mais e por esse empenho todo é que a expectativa era tão grande. E agora vamos dar nosso melhor”, destacou o tecladista da banda, Luis Otávio Teixeira.
Tanto Herói Canalha é a única banda com uma representante do sexo feminino na final, Renata Rocha, violão e vocais. “Eu espero que isso traga outras participantes do sexo feminino no mundo da música, apesar de todo mundo achar que tem muitas, não tem. E quando tem são vocalistas e não instrumentistas, talvez por medo do mundo machista em que estamos inseridas. Espero de verdade que isso influencie”, frisou.
Banda Folha Seca
Música: Rotina
Cidade: Itapira
A Banda Folha Seca concorre com a música chamada Rotina, que também foi criada no início do grupo, há cerca de oito anos. Rotina, de acordo com o guitarrista da banda, Jorge Barret, trata da busca diária de cada pessoa. “É nunca se render à rotina, é buscar novos tesouros. A música foi criada no início da banda com todo trabalho final feito em grupo e isso fez com que totalizasse na final do Ecomogi. Vamos abrir com uma cover diferente e agora é colocar mais gás, dar mais vida para a música Rotina nessa data tão especial, em que estamos concorrendo com quatro super bandas, desejamos vida longa ao Ecomogi”, finalizou Jorge.
Banda Azedos
Música: O que se vive
Cidade: Caraguatatuba
Azedos, a banda com um integrante em cada cidade e que “organiza o show pelo whatsapp” (pasmem!), se encontra hoje para participar da final. O grupo promete um show que consiga prender a atenção do júri. “Algo único”, segundo o vocalista, Chico Galesso.
A música foi feita há anos quando Chico ainda fazia parte de outra banda. Paulo Arcuri, amigo de Chico e pai de Silvinho Arcuri, guitarrista da Azedos, sempre foi um grande incentivador da banda e foi ele quem começou a escrever a letra. A música ficou engavetada, o grande incentivador da banda faleceu, mas sua herança ficou eternizada na canção que saiu do papel. “É uma crítica às pessoas que querem ostentar e não tem, o famoso come chuchu e arrota peru. O refrão diz: aqui mais do que lá, não se perder em sonhos e viver a realidade, lute para ser o que você quer ser”.
Banda Tio Mandrake
Música: Gimme one last beer
Cidade: Cosmópolis
Tio Mandrake, a banda que já traz na bagagem o título de campeã da primeira edição do Ecomogi, concorre hoje com a música Gimme one last beer, que foi criada por volta de 2007. Segundo Rod Colt, que é o vocalista, a música trata de pessoas que resolvem seus problemas ou adiam as resoluções por meio da bebida. “A história é de alguém que é rejeitado por todos de seu convívio e que resolve mudar de ares. Porém na nova cidade se vê deslocado e tenta fazer parte das coisas, inclusive se apaixonando, mas é novamente rejeitado e recorre a bebida pra refazer seus pensamentos e prosseguir”, destacou Rod.
Quanto à final, não tem jeito, todas as bandas estão ansiosas, mas há um ganho nisso tudo: a vontade melhorar cada vez mais. “A cada ano o nível das composições parece crescer o que gera em nós uma excitação ainda maior em chegar lá e fazer a melhor apresentação”.
Banda Indigo Frequency
Música: Mien, Hills and Balloons
Cidade: Mogi Mirim
Diferente das demais, a banda Indigo Frequency traz para o cenário musical algo inusitado. O som dos meninos é apenas instrumental! “É até estanho porque geralmente as pessoas acham que instrumental é só tirar o vocal. Mas, não, a gente trabalha na música para suprir essa necessidade, para que os instrumentos falem por si só”, disse o baterista, Rafael Boró.
De acordo com a banda, a proposta é que cada pessoa interprete a música de uma única forma. É uma obra de arte, portanto aberta, como se fosse uma gavetinha em que cada pessoa deposita o sentimento que convém.
Agora voltando o foco para Mien, Hills and Ballons, apesar de ter uma proposta aberta, Indigo Frequency trata de algo. “É sobre um ser humano que se sente engolido pelo cotidiano, já que para viver precisa se adequar a sociedade, mas sem deixar de ter esperança”, disse o guitarrista Asafe Oliveira.
