Domingo, 2 de outubro de 2022. Que seja um dia de paz. Que seja um dia de respeito àquilo que um dia de eleição é. Um dia de respeito às diferenças. Um dia da festa da democracia. Vamos eleger deputados estaduais e federais, além de senadores. Vamos confiar o voto a candidatos ao governo estadual e federal, que podem ou não faturar a conta já neste dia 2 ou ter o pleito prorrogado para o dia 30.
Já vamos falar um pouco sobre estes cargos e figuras. Porém, com a escalada da tensão política, é inevitável falar em eleição sem desejar que as vidas sejam respeitadas. Que o fanatismo por este, aquele ou o outro político não se transforme em briga. Em guerra. Em mortes. Que possamos simplesmente sermos humanos e entendermos que o outro pode sim pensar diferente de mim. Que o meu entendimento seja de que o melhor caminho para o país é este e que não tem o menor problema que o outro pense totalmente o oposto.
Que as ideias de apoio a um regime totalitário, em que só interessa os meus interesses, sumam da mente de quem está iludido achando que isso é liberdade de expressão. Não é do direito de ninguém desejar que o outro seja reprimido pura e simplesmente por divergir dos meus pensamentos. Se enxerga a necessidade de mudar a opinião alheia, debata. Apresente provas – jamais FAKE NEWS – e discuta de forma civilizada. Se seus argumentos forem suficientes para fazer com que o outro veja o mundo de maneira nova, parabéns. Não foi? Paciência.
Nada de invadir aniversário de quem vota em quem você não gosta e assassiná-lo na frente da família. Basta de violência. Basta de falta de harmonia. Basta de falta de respeito com a fé. Sabemos que não é fácil confiar que domingo será um dia de paz em todo o país. Esta é a eleição mais tensa da nossa vida contemporânea. É a que mais nos desafia ao respeito à democracia e às instituições.
Por isso mesmo, somos nós, os eleitores, os protagonistas. Precisamos ir às urnas sem medo de vestir uma cor porque ela irá nos associar a um candidato. Precisamos ir às urnas sem medo. Precisamos viver sem o medo de que nossas ideologias irão nos castigar. A situação mais extrema está na corrida presidencial.
Então é hora de deixarmos as diferenças de lado, votar em Bolsonaro, Lula, Ciro, Tebet ou qualquer outro pela convicção de que ele ou ela representa o mais próximo daquilo que você acredita que seja a solução para o país. E se a opção for anular, votar em branco ou se ausentar do pleito, entenda que esta decisão tem consequências, mas que, por vivermos em um país democrático, você pode muito bem fazer isso.
Tudo isso vale para o pleito para governador do Estado e para senador. Já para deputado, vamos dar uma esticada. É que, apesar de você obviamente ter o direito de optar por quem for, vale a pena aconselhar a investigar bem como o seu candidato pode ajudar diretamente a nossa cidade e a nossa região. São os cargos mais próximos do nosso cotidiano e, por isso, merecem ainda mais atenção na hora de fazer a sua escolha.
Para fechar, jamais se esqueçam. Na vida política, o político é o coadjuvante. Os protagonistas somos nós, que escolhemos quem a gente bem entende para os cargos e, só por isso, eles chegam até estas cadeiras. Depois, mesmo que a maioria brutal deles volte a lembrar de nós somente na eleição seguinte, nós somos os patrões. Podemos não demiti-los dentro do mandato, mas a dispensa é dada ao negar a reeleição. Ou, ao aprovarmos o trabalho, darmos crédito de mais um mandato. O povo precisa entender, de uma vez, que, bem orientado, jamais será enganado! Boas eleições.