Lá em casa tem uma coisa bem engraçada! Cada vez que a gente vai viajar é um stress só. Você deve estar pensando ser muita ingratidão da nossa parte estar “P” da vida quando se está prestes a viver momentos incríveis. Também acho, mas não consigo evitar!
Da minha parte, essa nhaca, é uma mistura de emoção e comportamento. Embora saiba de todas as alegrias que me esperam, eu amo a nossa rotina aqui. Sou feliz nesta cidade, na minha casa, com meus bichinhos, na comida que eu como e na forma como escolho viver na maior parte do tempo. Por isso, deixar tudo que também é bom para mim, bagunça meus sentimentos.
Aí tem o desgaste físico. Embora eu tenha acabado de dizer que amo e escolho, não significa que tenha tudo no lugar. Aquela roupa que estava esperando e, um dia seria passada, por exemplo, agora terá que estar pronta para estar na mala. O protetor solar já no final, precisará ser substituído. Pequenas bobagens que unidas me farão perambular de um lado a outro, pelo menos um dia. E, quando eu já estiver com os nervos à flor da pele, certamente alguém vai olhar para mim e soltar um “nossa, não acredito que ainda não está tudo pronto”!
Nesse meio do caminho, preciso convencer minha filha de que serão apenas alguns dias, que não precisa levar a vida na mala, até porque ela não cabe no porta-malas do carro. Se bobear, vai até aquela blusinha que nunca foi usada nem aqui, quiçá lá!
Já meu filho, acha que se deixar para fazer o precisa ser feito quinze minutos antes de sair, dá tempo suficiente. Esquece que cresceu e que a parte que lhe cabe não é mais somente pensar em si!
Ah, poderia ficar dias aqui falando sobre isso. Esse mau humor já virou tantas, mas tantas, mas tantas histórias engraçadas! Já deixamos a casa inteira aberta, sem fechar nadinha, nadinha, nadinha! Já esquecemos o celular no carro que ficou trancado no sol por oito dias! Entre tantas outras memórias.
Mas é isso, passado o “bug”, a gente sabe que vai encontrar momentos de paz e tranquilidade. Vamos nos reconhecer em situações diferentes, ampliando nossa troca interna. Nos colocaremos em lugares que, por vezes, a rotina não nos permite habitar. Vale tanto a pena!