Caros leitores, a cada dia que passa estou mais convencido de que o nosso presidente ainda não entendeu onde está. Qual o seu papel. Jair ainda não se convenceu de que tem um país a zelar. Têm brasileiros para cuidar que não morram por inanição do chefe da nação. Ele ainda não se convenceu de que a Covid mata. E mata muita gente e cada vez mais rápido.
Chegamos esta semana a marca de mais de 3 mil mortes em um dia provocadas pela pandemia. São mais de 300 mil famílias chorando seus defuntos. No Brasil. Mas ele…
“Parece que só no Brasil está morrendo gente”, disse, como se isso já não fosse muito. E daí, não é mesmo Bolsonaro? “Devo mudar meu discurso? Me tornar mais maleável? Devo ceder, fazer igual a grande maioria está fazendo? Se me convencerem do contrário, eu faço. Mas não me convenceram ainda. Devemos lutar contra o vírus, e não contra o presidente”.
Devemos lutar pela vida, não pelos seus conceitos obtusos. Talvez ele ainda também não tenha se convencido de que a Terra gira em torno do Sol. De que o Brasil é hoje o maior covidário do mundo, onde mais morre gente por coronavírus. De que têm brasileiros sucumbindo à falta de leitos nas UTI’s Brasil afora. Nada disso o convence. Nem a ciência o convence. Então, vamos fazer tocar o barco normalmente, e contar de que essa “gripezinha” mais cedo ou mais tarde vai passar.
Sim, vai passar. Mas qual o legado esse negacionismo sem pé nem cabeça vai deixar?
Pobre de nós brasileiros.
Quem me convence de que esse nosso presidente porá a mão na consciência e voltará atrás no seu discurso? De que, enfim, dará ouvidos à ciência? De que, enfim, trabalhará pela aceleração da vacinação? De que liderará a coordenação entre poderes e os três níveis de governo para enfrentar, de maneira conjunta e sem vaidade, a doença? Quem me convence disso?
Por hoje, só quinta que vem.