Caros leitores, me permita fazer algumas impressões de um dia de domingo de eleições municipais. A derrota de Carlos Nelson Bueno nas urnas para Paulo Silva certamente feriu o prefeito. Mas o principal derrotado não foi CNB, que, com esse resultado, se aposenta de vez da política. Já não tinha mesmo mais o mesmo pique de antes.
Quem perde mais é Barros Munhoz, deputado da região. Nestas eleições acertou três tiros no pé. Apostou em CNB, embora pertença ao PSB, partido aliado de Paulo Silva, e perdeu. Apostou no candidato Marçal Damião em Mogi Guaçu e ele não ficou nem em segundo lugar. E fez campanha aberta para Dr. Newton e… Foi derrotado em Itapira, sua casa.
O peso da derrota nas urnas cai muito mais sobre as costas de Totonho do que de CNB, Marçal ou Newton. Munhoz tentará, em 2022, mais um mandato na Assembleia Legislativa – não se sabe por qual legenda. Certamente. E hoje não teria apoio de nenhum dos três prefeitos das principais cidades da sua base eleitoral.
Por que falo de Barros Munhoz? Porque pode ser a chance de Mogi Mirim fazer um deputado estadual nas próximas eleições. Mas, para isso, os políticos precisam se despir das vaidades, se unir em torno de um nome, independente de bandeira partidária, e elegê-lo nosso representante na Alesp. Chega de viver das migalhas de quem mal passa por aqui.
Ou, então, corremos o risco de não ter nem um nem outro representando a cidade lá.
Confesso que me surpreendeu a vitória de Paulo Silva para prefeito. Simplesmente pelo fato de ter ficado 16 anos longe de uma disputa eleitoral direta. Mas fico feliz pela alternância no poder. Não gosto da ideia de reeleição. O segundo governo, historicamente, em qualquer lugar, é sempre pior que o primeiro.
Por hoje, só sexta que vem.
