sábado, novembro 23, 2024
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Rachaduras em casas levam moradores do Mogi Mirim II ao MP

Os moradores da Rua Tupinambá, localizada no bairro Mogi Mirim II, zona Leste da cidade, vão acionar o Ministério Público (MP), na tarde desta quarta-feira, para tentar solucionar o problema das rachaduras que apareceram, ao menos, em 16 residências após fortes chuvas da véspera do Natal do ano passado.

Rachaduras já aumentaram dois milímetros em uma das residências (Foto: Ana Paula Meneghetti)
Rachaduras já aumentaram dois milímetros em uma das residências (Foto: Ana Paula Meneghetti)

As trincas acometeram, principalmente, paredes e pisos das garagens das casas. Os portões também ficaram comprometidos e muitos não podem mais ser abertos. No interior de algumas moradias, há rachaduras em cômodos como cozinhas e salas. Além disso, segundo relato dos moradores, a água da chuva demora a escoar para os bueiros, ficando empoçada até próximo dos portões, o que antes não acontecia.

“Isso quer dizer que o solo está cedendo e ninguém dá uma solução. A gente tem que saber, primeiro, a causa do problema”, argumentou o motorista Antonio Graciano da Luz. Desde janeiro, os moradores cobram o Poder Público, mas até agora, de acordo com eles, nenhuma providência foi tomada. Os munícipes afirmaram à reportagem de O POPULAR que a única vistoria realizada em uma das casas foi pela Defesa Civil do Município.

O órgão garantiu que as casas não correm o risco de desabar, contudo as rachaduras só vêm aumentando, o que preocupa as famílias, principalmente aquelas que têm crianças pequenas. Em uma das residências, uma medição apontou que a rachadura na parede da garagem já aumentou de 15 para 17 milímetros. Engenheiros consultados pelos proprietários das casas acreditam que as trincas tenham sido causadas por infiltração.

No dia 14 de janeiro deste ano, uma das moradoras protocolou um documento junto à Prefeitura na tentativa de resolver o problema. Mas, a resposta encaminhada pela Secretaria de Negócios Jurídicos foi de que “a realização de laudos que atestem condições de imóveis particulares não podem ser fornecidos pelo Município de Mogi Mirim haja vista inexistência de finalidade pública”.

No entanto, a secretaria informou que a Administração providenciaria a manutenção necessária no sistema de escoamento de águas pluviais da rua. De acordo com os moradores, uma equipe do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) foi até o local, ainda no começo do ano, mas apenas olhou os bueiros por cima, informando que não estavam entupidos.

Os moradores da Rua Tupinambá procuraram o vereador Luis Roberto Tavares, o Robertinho (SDD), na sessão de Câmara do dia 8 de junho, para pedir que o caso fosse levado à Justiça. Documentos, fotos das rachaduras, reportagens da imprensa local e ainda um abaixo-assinado serão anexados à representação e entregues à Promotoria local.

Outro lado
Em resposta enviada na última sexta-feira, a Prefeitura afirmou que as casas já foram vistoriadas por uma equipe de engenharia e que as fissuras não têm qualquer ligação com as galerias pluviais. A Administração Municipal ainda informou que as rachaduras tiveram origem devido a “vícios construtivos”.

“Todas as casas originalmente eram embriões que contavam com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Porém, ao longo dos anos, os proprietários foram executando ampliações sem qualquer critério ou acompanhamento técnico por profissional habilitado. Eis a razão deste problema e a complexidade em resolvê-lo, pois para muitos dos casos a solução demandaria a demolição das ampliações irregulares e sua reconstrução atendendo aos mínimos critérios técnicos exigíveis”, explica, em trecho da resposta. Quanto à sujeira que entope as galerias, o Poder Público informou que as redes foram redimensionadas.

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