Guardas Civis de Mogi Guaçu foram surpreendidos na semana passada enquanto patrulhavam o bairro Ypê I, em Mogi Guaçu. Felipe dos Santos Moreira, de 18 anos, ao avistar a viatura da corporação, dispensou cinco pedras de crack ao chão, com o objetivo de não ser descoberto. Em revista pessoal, nada foi encontrado. O caso aconteceu na quinta-feira, por volta das 15h40.
O jovem afirmou que o entorpecente seria para consumo próprio e que não estaria comercializando antes de ser abordado. Os guardas então pediram que o rapaz passasse o endereço de sua casa para verificar se havia mais entorpecente no local. No entanto, endereços falsos foram informados pelo averiguado, antes dele revelar a real localização de sua residência, no bairro Ypê IV.
Assim que a viatura parou para desembarcar Felipe, mesmo algemado, ele chutou a porta do veículo e saiu correndo em direção a Rodovia SP-340, atravessando a pista que leva a cidade a Mogi Mirim, até que uma caminhonete L200 Triton, de cor verde, parou ao lado do jovem e lhe deu a chance de fuga. O guarda que corria atrás do averiguado, nada pôde fazer.
A Guarda Civil Municipal de Mogi Mirim foi acionada e, em cerca de trinta minutos, localizou a caminhonete em uma estrada de terra, próximo a um canavial. Populares ajudaram na localização, fornecendo detalhes do rumo tomado.
Dentro do carro estava José Aparecido de Brito, morador de Campinas. Ele confirmou que ajudou na fuga do garoto de 18 anos, justificando ter se compadecido com o caso pelo fato de já ter “puxado cadeia”. Ele disse que nunca havia visto o rapaz, que se embrenhou no meio do mato, mesmo algemado.
Na caminhonete, foram encontradas 12 pedras de crack no console do veículo. José Aparecido disse desconhecer a procedência das drogas. No entanto, após os guardas municipais irem até a casa de Felipe, encontraram mais 10 pedras da mesma droga, embaladas de forma idêntica às encontradas na caminhonete.
O homem foi levado à delegacia, assim como o veículo e as drogas, que foram apreendidas. O construtor de 51 anos possui diversas passagens criminais, inclusive por tráfico de drogas. Já Felipe não tem antecedentes, mas, quando adolescente, já havia passado pela Fundação Casa.
José Aparecido foi liberado e o caso foi encaminhado para a Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise) onde será apurado.