Reajuste aos servidores públicos municipais neste ano será de 7%

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) e a Prefeitura chegaram a um acordo e o reajuste aos servidores públicos municipais será de 7%. O projeto de lei será enviado à Câmara Municipal ainda hoje, que deverá aprovar para que os trabalhadores passem a receber os valores reajustados já a partir deste mês, de forma retroativa.

Além do reajuste geral aos servidores, fez parte ainda da negociação, uma reestruturação de classes salariais de algumas categorias. Os projetos serão encaminhados de forma separada. As funções com salários mais baixos tiveram o piso reajustado, assim como as educadoras infantis que se enquadraram no piso nacional do magistério e os agentes de trânsito, que passarão a receber como os fiscais.

“É pouco, mas significativo. As categorias mais baixas serão beneficiadas e isso é interessante. É longe do ideal, mas é um passo bem dado”, considerou o presidente do sindicato, Antônio Maciel de Oliveira, o Toninho. Segundo ele, cerca de 570 servidores terão 10,5% de aumento real, considerando o dissídio e a reestruturação de salário.

“Serão aproximadamente 900 beneficiados com a correção das distorções, considerando os guardas municipais, os bombeiros e os vigias, que já tiveram o valor de periculosidade corrigidos anteriormente. Isso representa quase 50% dos servidores, que vão ter reajuste real além da inflação”, acrescentou.

A Prefeitura justifica a alteração dos valores para que as distorções que vem se arrastando ao longo dos anos, sejam corrigidas. As categorias não contempladas no projeto poderão ter a correção salarial no Plano de Cargos e Salários, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Na mensagem à Câmara, o prefeito Gustavo Stupp (PDT) afirma que “é difícil a um gestor público que ainda não completou dois anos de mandato administrar uma Prefeitura com restos de endividamento, ações trabalhistas em andamento e serviços públicos que precisam ser ofertados à população com eficiência e qualidade”.

Stupp justifica ainda que o percentual do dissídio é o que pode ser dado aos servidores dentro do limite permitido e que para suprir a falta de profissionais, muitos setores se utilizam de horas extras, que tem custo muito mais elevado que uma hora normal, o que também gera impactos na folha de pagamento.