As novidades tecnológicas transformam a educação, facilitam o aprendizado e fazem com que os alunos ganhem mais interesse na hora de aprender um novo conteúdo. O acesso à internet permite a entrada em um vasto mundo de conhecimento tanto para professores quanto para alunos. Esse benefício, porém, ainda está distante da realidade da maioria das salas de aula. De acordo com pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizada com 34 países, os professores brasileiros estão entre os que mais mostram insatisfação com a ausência de ferramentas tecnológicas nas escolas.
De acordo com o Inep, o órgão responsável por aplicar a pesquisa no Brasil, dos 14,2 mil professores e mil diretores entrevistados, 48,8% afirmam ter acesso à internet insuficiente, o que, segundo eles, prejudica em muito o aprendizado, afetando a qualidade de ensino.
Desde 2008, existe o programa federal Banda Larga nas Escolas, que, segundo dados do Ministério das Comunicações, já abarca 92% das instituições de ensino. No entanto, os problemas de infraestrutura nos prédios escolares – muitos dos quais impossibilitam a instalação da rede –, além da própria dificuldade dos docentes em adotar esse recurso na rotina de aulas, continuam a prejudicar milhões e milhões de alunos por todo o país.
É necessário que as escolas valorizem os laboratórios de informática com o intuito de preparar os alunos para as demandas de um mundo cada vez mais tecnológico. O profissional que não souber utilizar o computador e os programas básicos de editor de textos, leitura de planilhas e de redes sociais, poderá comprometer seu futuro.
O CIEE, instituição filantrópica que facilita a inserção dos jovens no mercado de trabalho, por meio do estágio e aprendizagem, reconhecendo essas deficiências, utiliza ferramentas de educação à distância para capacitar estudantes, com aulas on-line gratuitas do pacote Office, ou mesmo presencial, na sede do CIEE, no bairro do Itaim.
Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.