Na tarde de quinta-feira, Tiago Benedito da Silva, de 28 anos, que é reeducando e prestador de serviços para a Prefeitura por meio do Centro de Ressocialização, o CR, foi acusado de praticar um roubo em uma farmácia localizada no Centro de Mogi Mirim, à Rua José Bonifácio, e acabou sendo preso em flagrante pela Polícia Militar. A detenção ocorreu à Avenida Santo Antônio. O homem também está sendo investigado sobre roubos em horários anteriores.
De acordo com a Polícia Militar, Tiago teria chegado até a farmácia e solicitado um colírio. Após, se dirigiu até o caixa para suposto pagamento e acabou por anunciar o roubo com uma das mãos na cintura e por baixo da roupa, como se estivesse armado. Na ocasião, teria sido entregue para Tiago o valor de R$ 119.
Ainda seguindo esta versão, o homem fugiu. A Polícia Militar estava em patrulhamento pela região central quando recebeu as informações sobre o roubo, com as características das vestes e o porte físico.
Assim, ao adentrar a Avenida Santo Antônio, nas proximidades do Centro Cultural, a PM encontrou Tiago, que negou ter efetuado o roubo. No entanto, ele foi reconhecido pela testemunha sem qualquer dúvida.
Ele ainda alegou que se encontrava em serviço para a Prefeitura por meio do Centro de Ressocialização, em regime semiaberto e que estava cumprindo pena por roubo.
A operação foi conduzida pelos CB PM Ziemels, CB PM Thomaz, CB PM Marco Antônio, CB PM Gnann e SB Odair.
Reacendeu a polêmica
O caso da prisão de Tiago da Silva reacendeu a polêmica em torno da presença de reeducandos do CR nas ruas de Mogi Mirim a fim de realizar a limpeza pública na cidade.
O até então Capitão da 2ª Companhia do 26° Batalhão da Polícia Militar do Interior, Luciano Peixoto, se posicionou sobre o caso e disse que havia alertado os vereadores na época da votação do projeto. “Minha posição sempre foi a de que poderia trazer problemas. Eu acredito que tem que trabalhar, sim, mas em local fechado, como em uma área rural ou indústria, onde tenham vigilância. Na rua não tem fiscalização. A minha opinião sempre foi essa e eu continuo falando isso”, destacou.
Alguns vereadores também passaram a se manifestar nas redes sociais recordando sobre o voto contrário ao projeto na época.
De acordo com a Prefeitura, “o fato ocorreu durante o horário de almoço. No retorno às atividades, foi detectado de imediato a ausência dele. Na sequência a direção do Centro de Ressocialização foi comunicada e a Polícia Militar foi acionada. A Prefeitura lamenta o fato isolado ocorrido, mas tem a convicção de que os serviços executados pelos reeducandos na cidade têm obtido excelente resultado. O Centro de Ressocialização já foi notificado sobre o ocorrido e não haverá mudança no cronograma das atividades. Contudo, caso haja qualquer identificação de desvio de comportamento em algum daqueles que estejam a serviço da Prefeitura o mesmo será substituído de imediato, como prevê o convênio assinado”, destacou.