Caros leitores, não faltou emoção esta semana no Poder Legislativo. Nem trabalho. A ordinária que aconteceu na quarta-feira por causa do feriadão da Independência foi longe, até as 11h40 da noite. Destaque para a aprovação do projeto da primeira-dama e vereadora Luzia Cristina, que institui sessões ordinárias em todas as segundas-feiras de cada mês. A impressão que passa é que os vereadores vão trabalhar mais – e vão mesmo. Ainda mais. Azar dos que votaram contra. Na sua segunda tentativa para emplacar a quinta sessão do mês no mês que tiver cinco segundas-feiras, Luzia venceu por 9 x 8.
Outro destaque foi o único projeto rejeitado na Casa, das sete proposituras em pauta, e de autoria do prefeito Paulo Silva. Trata-se da dita reorganização da estrutura administrativa da Prefeitura de Mogi Mirim. Trocando em miúdos, era uma tentativa de dar status de supersecretaria ao Gabinete do Prefeito, chefiada por Allan Rodrigo, uma espécie de primeiro-ministro do governo PS, como tem sido chamado nos corredores do Parlamento Municipal. Por 13 votos x 3, o plenário da Casa decidiu por bem não dar superpoderes a AR.
O PL do prefeito transferia atribuições da Secretaria de Governo e de Relações Institucionais para o Gabinete, enfraquecendo e diminuindo, assim, a importância destas. A assessoria de imprensa e o marketing governamental, por exemplo, deixaria a secretaria de Maria Helena Scudeler de Barros (Relações Institucionais) para ficar com Allan.
Com a reprovação, por goleada, do PL de PS, fica tudo como está. Isto é, a comunicação, por exemplo, segue no organograma da Relações Institucionais. Pelo menos – e só – no organograma.
E o 7 de Setembro? Notaram a ausência do prefeito Paulo Silva no ato de hasteamento das bandeiras, na praça Rui Barbosa? E o presidente Bolsonaro? Que afirmou que não vai respeitar a Constituição. Que não vai acatar decisões do STF, a corte máxima deste país. E assim segue a nação. Sem noção.
Por hoje, só sexta que vem.
