Pode ultrapassar a marca de 600 pessoas lesadas pelos responsáveis pela Syngre BetClub e o prejuízo é estimado em mais de R$ 25 milhões. Entre as vítimas do golpe, há empresários, advogados, contadores, pessoas de Mogi Mirim e diversas partes do país.
O clube de investidores foi criado por Syngrewston Oliveira Lima, há pouco mais de um ano e trabalhava com a promessa de rendimentos que variavam de 30% a 50% de lucro sobre o valor investido.
Só em Mogi Mirim existem mais de 40 boletins de ocorrência registrados sobre os fatos, mas há vítimas nas cidades de Mogi Guaçu, Estiva Gerbi, Americana, Araraquara, Conchal, entre muitas outras localidades no estado de São Paulo. Em um grupo de troca de mensagens entre as vítimas existem mais de 250 pessoas e suas localidades são as mais diversas, inclusive de outros Estados e até mesmo de fora do país.
Vítimas do suposto golpe estão em busca dos responsáveis desde a sexta-feira, 13, quando começaram a ser registrados os boletins de ocorrência em Mogi Mirim. Antes destes, havia um B.O. registrado por familiares, onde relatavam que Lima havia desaparecido, no dia 9. Posteriormente, os próprios familiares disseram ter encontrado na cidade de Ribeirão Preto e, após isto, nem ele, ou alguém da família foram encontrados.
Na noite de sexta-feira, 13, “investidores vítimas” chegaram a invadir a sede do clube, na Avenida da Saudade. A casa dos pais dele, no Parque da Imprensa, também foi invadida.
Um advogado do Paraná teria procurado a Polícia Civil de Mogi Mirim e disse estar representando Lima. Ele teria dito que seu cliente pretende se apresentar, porém, estaria temeroso por sua integridade física. A atual companheira dele procurou a Polícia Civil no fim da tarde da última terça-feira e registrou um boletim de ameaças.
Funcionamento
Segundo as vítimas, o clube de investimento funcionava após pessoas investirem seus valores e mensalmente retirarem os juros. Estes, no início, seriam de 50% do valor aplicado e recentemente o percentual baixou para 30%.
Inúmeras pessoas foram levadas a investir após conhecidos estarem lucrando e também a forte divulgação da marca que estava sendo feita.
Entre os investidores, existem pessoas que disponibilizaram R$ 750 mil, R$ 400 mil e R$ 200 mil. Mas, há registros de valores menores. Uma mulher chegou a vender o carro, que havia financiado em 60 meses e entregou o valor total ao clube. Pessoas chegaram a vender casas, terrenos e fazer empréstimos acreditando que recuperariam o valor investido acrescido de juros.
Os registros continuam sendo feitos na Polícia Civil e também existe uma representação no Ministério Público.