sábado, novembro 23, 2024
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REVIRAVOLTA: Retorno das aulas no dia 8 de fevereiro está suspensa em Mogi

Prefeito recua na decisão sobre retorno das aulas e adia definição da data do início do ano letivo. Foto: Divulgação

Apenas dois dias depois de anunciar o retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino para o dia 8 de fevereiro, através de suas redes sociais, a Prefeitura recua na decisão e informa que a volta às aulas está suspensa e que não há data prevista para o retorno.

A nova informação também foi divulgada pelas redes sociais pelo prefeito Paulo de Oliveira e Silva.

Em um vídeo exibido na página do Facebook do vereador Cinoê Duzo (PTB), o chefe do Executivo informou que teve um encontro, no domingo (17), à noite, com os prefeitos de Mogi Guaçu, Rodrigo Falsetti (Cidadania), e de Itapira, Toninho Belini (PSD), e decidiram, em conjunto, aguardar mais algum tempo para definir o retorno das aulas.

Itapira e Mogi Guaçu, ao contrário de Mogi Mirim, ainda não haviam definido data para o retorno das aulas presenciais nas suas redes de ensino.

“Devido a essa situação de medo da população em relação a essa doença nova [Covid-19], que já matou mais de 200 mil brasileiros, fizemos uma reunião com prefeitos da região, na noite de domingo [17], e decidimos não iniciar as aulas agora”, informou Paulo Silva.

A decisão tem como base a falta de adequação dos prédios escolares e a falta de capacitação de professores e funcionários para receber os alunos no dia 8 de fevereiro, mesmo sendo 35% deles, como havia anunciado as secretarias de Educação e Saúde de Mogi Mirim.

“Primeiro precisamos preparar as escolas, professores e funcionários, precisamos orientar os pais melhores em relação a vacina, em relação a doença. Então, primeiro nós vamos constituir uma comissão técnica entre secretários municipais de Saúde e Educação das cidades da região, que vão conversar com seus conselhos municipais, para depois voltarmos a discutir quando as aulas vão se reiniciar. Não vai ser dia 8 de fevereiro em Mogi Mirim mais. Está suspensa essa decisão, porque precisamos preparar melhor nossas escolas municipais”, observou Paulo Silva.

Juntas, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Itapira têm 36 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino. Foto: Divulgação/Prefeitura Itapira

Um comitê técnico formado por membros das secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social irá avaliar a realidade de cada unidade escolar das três cidades para identificar prioridades e traçar planos de ação que assegurem que todas tenham o mesmo padrão de proteção e adequação às normas sanitárias.

Em nota à imprensa, na manhã desta terça-feira (19), a Prefeitura informa que todas as secretarias envolvidas já começaram a se preparar para o retorno com treinamentos, adequação pedagógica, compra de equipamentos de segurança e higienização, organização das unidades escolares com distanciamento entre as carteiras, dentre outras ações.

Uma das mais importantes, do ponto de vista pedagógico, é a preparação emocional dos professores e funcionários, com apoio psicológico e treinamento específico para que possam prestar o atendimento necessário aos estudantes em face dos desafios impostos por esse novo cenário.

Em 10 dias, as prefeituras deverão se reunir novamente para avaliar todo o trabalho de adequação das unidades para o retorno seguro, seguindo as diretrizes do Plano São Paulo. A primeira reunião do comitê técnico intermunicipal vai acontecer na próxima sexta-feira, 22 de janeiro, às 14h.

Em Mogi Mirim, 12 mil alunos são atendidos nos Cempi’s (Centro Educacional Municipal de Primeira Infância) e nas Emeb’s (Escola Municipal de Educação Básica). Em Mogi Guaçu são aproximadamente 18 mil e, em Itapira, 6 mil.

Estaduais e Particulares

Já a situação das escolas das redes estadual e particular é diferente. As escolas estaduais estão sob a direção do governador João Doria (PSDB) e devem retornar com as aulas presenciais no dia 8 de fevereiro em Mogi Mirim, embora o Estado tenha definido o início do ano letivo para 1º de fevereiro.

Paulo Silva não vê problemas também quanto ao retorno dos alunos da rede particular de ensino no dia 8 de fevereiro.

“As escolas particulares, pelo que eu pude ver em algumas visitas, estão extremamente preparadas para o retorno desde outubro do ano passado; compraram equipamentos, contrataram consultorias médicas. As escolas particulares não têm transporte coletivo, geralmente não tem merenda escolar, são prédios novos, são classes com menos alunos”, avaliou.

Já na nota oficial à imprensa, a Prefeitura informa que não há definição de data para o retorno na rede particular.

“Para retomada das aulas na rede particular, o comitê técnico levará em consideração a estrutura de cada escola e o cumprimento das normas sanitárias vigentes com vistas a garantir a proteção e segurança de alunos, familiares e profissionais de ensino. Não há definição, todavia, neste momento e a exemplo das escolas municipais, sobre data para a retomada das aulas presenciais nestas instituições”, diz a nota.

 

Vereador Cinoê Duzo, crítico ferrendo do governo de João Doria e defensor da volta às aulas somente depois da vacinação contra a Covid-19. Foto: Anderson Mendes

Para o professor de educação física da rede estadual e vereador Cinoê Duzo, a decisão dos prefeitos da microrregião foi acertada e sensível à situação de pandemia atual.

“Há um pânico, sim [dos pais de alunos], com toda justificativa, porque, no meu entendimento, temos que primeiro vacinar os professores, para tranquilizar os pais, para recebermos essas crianças. Gostaria que o governador João Doria tivesse a mesma sensibilidade que os três prefeitos tiveram e repensasse esse retorno das aulas presenciais”, opinou o parlamentar.

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