Em desabafo durante entrevista coletiva em que abordou uma série de assuntos relacionados ao clube, na noite de sábado, o presidente Rivaldo Ferreira disparou contra a aprovação de um projeto de lei que transforma o Mogi Mirim em patrimônio histórico e cultural da cidade.
Aprovado por unanimidade na Câmara Municipal, o projeto de lei do vereador Luiz Antonio Guarnieri (PT) teve como principal objetivo preservar o nome Mogi Mirim Esporte Clube, que assim não poderia ser alterado. Outro efeito seria impedir que o clube deixe a cidade.
Revelando ter consultado dois juízes que conhece, Rivaldo garante que a lei não tem validade e pode modificar o nome do Mogi caso queira. Advogado do clube, Betellen Dante Ferreira, que acompanhou a entrevista coletiva, declarou ser a lei realmente de validade questionável.
“Sou muito leigo nisso, não sou advogado, mas sei que o que eles fizeram não tem nada a ver. Eu como presidente do clube posso mudar isso a hora que eu quero. A lei que eles fizeram não tem validade nenhuma, eu te garanto que não tem”, afirmou Rivaldo, citando conversa com juízes. “Eu conversei com dois juízes que conheço: Rivaldo isso não existe, estão fazendo isso pras pessoas que não gosta de você ficar apoiando esse vereador. Um juiz falou, como diz o ditado: isso aí tão falando para pegar barriga em você, pegar moral, os vereadores, porque isso não existe. Como eles podem fazer uma lei se eles não podem entrar no clube, isso aqui é privado”, observou.
Prejudicial
Na visão de Rivaldo, a lei pode prejudicar o Mogi Mirim no aspecto financeiro. “Quer dizer que se o Barcelona vier aqui, te dou 100 mil euros por mês, eu não posso mudar o nome para Barcelona/Mogi Mirim? Eu ia perder porque os vereadores mudaram lá. Legal, muito legal e o Mogi vai ficar nessa? Pelo amor de Deus”, desabafou.
Em relação à hipótese de tirar o Mogi da cidade, Rivaldo confirmou já ter rejeitado uma proposta de parceria nesse sentido. Anteriormente, já havia dito que não mudaria o clube de cidade. “Precisa fazer lei para isso? Se antes eu tive uma proposta e não fiz? Eu não tenho pretensão nenhuma de tirar o time da cidade”, garantiu.
Para presidente, vereadores e prefeito deveriam ajudar
Na visão de Rivaldo, os vereadores deveriam ajudar mais o Mogi de forma prática. Dando exemplo, entende que os 17 vereadores e o prefeito Gustavo Stupp poderiam ter colaborado na promoção de troca de leite por ingressos no jogo contra o Vitoria, quando houve 1.313 pagantes. “Será que entre os 17 vereadores e o prefeito, as pessoas não poderiam ter comprado todas essas entradas e levado essa alimentação pros pobres. Cada um comprava 100, custava nada”, questionou.
O dirigente disse acreditar que algumas pessoas o criticam como estratégia política. “Estão aproveitando isso para depois se candidatar, ser vereador, prefeito. Não queiram ser vereador em cima do Rivaldo, queiram ser fazendo o bem pro próximo”, frisou, mandando um recado aos vereadores. “Mogi Mirim deixa comigo que eu dou conta do recado, não preciso de vereador, de ninguém. Se querem ajudar, venham pro campo”, desabafou.