Por intermédio de uma nota no site do Mogi Mirim, o presidente Rivaldo Ferreira se manifestou em relação ao patrimônio do clube e surpreendeu. Garante ter aumentado o patrimônio do Mogi com obras e conquistas e não dilapidado. As declarações são uma espécie de resposta às críticas pela transferência dos CTs do clube para seu nome, o que feriu o acordo assumido de preservar o patrimônio do Mogi assinado com a família Barros.
Rivaldo nega ter assinado ou ratificado acordo. Porém, o termo foi assinado pelo ex-dirigente Wilson Bonetti, que era seu braço direito, o representando como procurador, e sem o acordo, Rivaldo não teria assumido o Mogi. O termo foi feito com base em uma matéria do jornal O Impacto em que Rivaldo havia assumido o compromisso.
O pacto quarto aponta que o presidente eleito se responsabilizava pelo pagamento do passivo, “bem como a preservar o patrimônio existente atualmente”. Desta forma, os CTs não poderiam ser transferidos independente de qualquer benefício que agregasse ao patrimônio. Assim como nega o acordo, Rivaldo rejeita ter transferido os CTs, afirmando que estava no São Caetano e joga a responsabilidade para Bonetti. Porém, diz que os CTs foram avaliados por imobiliárias de renome.
Embora negue o acordo, diz não ter dilapidado o patrimônio. “O termo ‘dilapidar’ significa ‘arruinar’ como poderia Rivaldo arruinar o Mogi se este vale, hoje, muito mais do que valia outrora? Isto pode ser facilmente constatado por qualquer avaliação séria”, diz a nota, sem esclarecer em números reais as razões do valor maior.
Rivaldo diz que jamais abriu mão do direito de reaver o dinheiro investido através de empréstimos. Mas, no termo de compromisso, está apontado que havia se oferecido a arcar com todas as despesas de manutenção do time.

Para justificar o aumento do patrimônio, cita melhorias no estádio, a reativação das categorias sub-15 e sub-17, depois desativadas, e conquistas, entendendo que o futebol valorizou o patrimônio. A nota cita aquisição de ônibus, ambulância e um caminhão de pequeno porte, a substituição das cadeiras de madeira dos setores sociais pelas plásticas, construção de camarote e lavanderia e restauro de apartamentos que abrigam atletas. Citou melhorias no departamento médico, fisioterapia e academia, além de reforma nos vestiários.
A nota afirma que as melhorias foram feitas com os recursos emprestados ao Mogi e com verba da venda de apartamentos do Edifício Lorenzetti, outro patrimônio. A explicação é que os apartamentos estavam em péssimo estado de conservação e que o custo da reforma era alto.
Rivaldo lembrou ter desembolsado uma quantia à família Barros quando assumiu o clube. Na ocasião, pagou R$ 1,8 milhão referente a empréstimos da família ao Mogi. O dirigente diz ter honrado compromissos da antiga administração, com processos de ex-funcionários, um deles do ex-gerente de futebol Henrique Stort, que garante nunca ter entrado com ação.
Presidente quer reunião com ex-dirigentes
Ao final da nota de esclarecimento, Rivaldo revela que marcará uma reunião com ex-dirigentes, torcedores e eventuais interessados para discutir o futuro do Mogi Mirim. A intenção é dissipar as dúvidas já levantadas.

A nota diz que Rivaldo quer deixar claro que deseja a continuidade e o sucesso do Mogi. Diz ser muito grato por ter se projetado no clube. Afirma ter amor e respeito pelo clube e pela torcida, que tantas vezes o aplaudiu. Porém, quer o entendimento de que está em um negócio e que não pode comprometer o que conquistou porque alguns não conseguem compreender a verdadeira situação.