Com o filho Rivaldinho, o genro Gustavo e o sobrinho Romildinho no elenco, o presidente do Mogi Mirim, Rivaldo Ferreira, garante não interferir nas escalações do técnico Edinho Nascimento em função do parentesco, mas sim dar liberdade para o treinador escalar. O tema foi abordado por O POPULAR com Rivaldo após o jogo contra o Criciúma, pela estreia na Série B, em que os meias Gustavo e Romildinho foram titulares. O centroavante Rivaldinho ficou no banco e não foi aproveitado, com Magrão de titular e Júnior Juazeiro entrando na segunda etapa.
“Sempre deixei à vontade. Até foi uma surpresa quando cheguei, meu filho falou: pai, o Romildinho arrebentou no treino e parece que vai jogar. Aí quando cheguei aqui, o Edinho me falou: vai o Romildinho e o Gustavo, arrebentaram no treino. Vou meter eles pra jogar. Ele é o treinador, ele que manda, a responsabilidade é dele”, contou Rivaldo.
Rivaldo afirma que se tivesse preferência para impor ao treinador, quem levaria vantagem seria Rivaldinho. “Se eu mandasse no treinador, eu ia falar: joga o Rivaldinho. Quem ia jogar era o meu filho, não era nem sobrinho, nem genro”, afirmou.
O presidente argumenta que a decisão precisa ser do treinador até pela responsabilidade ser dele, pois se os resultados não vierem, um novo treinador pode ser contratado. “A gente deixa isso na mão do treinador, porque na hora que acontece coisa negativa, eu posso tomar a responsabilidade de mandar o treinador embora. Porque se eu fico dando palpite eu fico sem moral um dia se as coisas vão mal para mandar o treinador embora. Porque com certeza o treinador vai dizer: eu fui embora porque mandaram eu colocar esse, aquele. Então jamais vou fazer isso”, explicou, admitindo que pode até tentar ajudar por sua história no futebol dando palpite se acompanhar algum treino e o treinador vier conversar. “Numa boa para querer ajudar o Mogi. Isso é normal. Mas de querer escalar jogador, eu não escalo, não”, garantiu.
