sexta-feira, novembro 22, 2024
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Róbson recorda entrega de buquê para árbitra sul-coreana

De volta ao Boteco, o atleta de futebol amador Róbson Tibúrcio recorda a experiência na Baumer, em especial a final da Copa Interbairros de 2004, quando teve a honra de entregar um buquê de flores para a árbitra sul-coreana Jenny Palmqvist, que apitou a final do futebol feminino das Olimpíadas de Atenas entre Brasil e Estados Unidos.

Boteco – Como foi a experiência na Baumer?

Róbson – Eu joguei na Baumer até 2006. Nós tínhamos um timaço. O que acontece? Em 2004, podia assinar (na Série Ouro da Copa Interbairros) quando acabasse a Primeira (Divisão do Amador) vários jogadores. Fizemos a final com a Balestro. O que a Balestro fez? A Balestro foi lá e assinou três jogadores: o Du (Cavalo) na zaga, o Hugo no meio e o Índio de centroavante. Eles fizeram certinho, valorizaram o time e tal. Nós, não. Na época nosso time já era forte. Aí do nosso foram o Tiago Bella, Paulinho Tabajara, Mateus Simoso, Barione. E o que acontece? Quem estava jogando deu uma desanimada. Nosso treinador era o Élson. Nosso time era fortíssimo, mesmo antes de chegar os caras. Na época tinha o Passos, que tinha acabado de sair do Mogi, o Sávio que hoje é o Wellington, que trabalha na Ponte Preta, ele jogava no XV. Ele saía do jogo às vezes, ia lá para jogar com a gente. O Tailândia voando. O Preto, o Preto, nossa senhora, Givanildo, quanta história tinha com o Preto na Baumer, pelo amor de Deus! Pra você ver, nós tínhamos sete atacantes naquela época. Nosso time era fortíssimo, só que perdemos a final. Lembro até quem apitou, era uma sul-coreana. Chamava Jame Palms Cristy. Eu lembro porque fui eu que entreguei o buquê pra ela. Abertura foi lá no Lavapés.

Boteco – Era bonita?

Róbson – Nada (risos).

Boteco – Como foi que você teve que entregar o buquê?

Róbson – Chegou na hora lá, o Zé Renato, o Claudinho, o pessoal da Baumer. “Quem que vai entregar pra ela?”. Eu não vou. Eu falei: “dá aqui que eu entrego”. Aí fui, entregamos pra ela a flor, fizemos uma homenagem. Porque na época estavam trazendo árbitros de fora.

Boteco – E ela foi bem?

Róbson – Foi bem. E a turma xingando ela, o Du mesmo deitou nela, xingava ela de tudo quanto é nome, porque ela não entendia, né? Ela falava inglês.

Boteco – O Du xingava?

Róbson – Xingava, todos nós. Ela passava na beirada, quem estava fora, xingamos ela de tudo quanto é nome. Ela não entendia nada, segue o jogo, bora. Não tinha como ela achar ruim. E ela levou o jogo até o final, Balestro foi campeã.

Boteco – Quem foi o destaque da final?

Róbson – O Índio fez os dois gols, se eu não me engano. Mas até a gente chegar lá nessa caminhada, o Givanildo, que era o Preto, o Preto teve jogo que ele estava no banco, ele falava: “professor, pode me deixar no banco, a hora que você quiser ganhar o jogo, eu vou entrar e vou jogar”. Pô, teve jogo que ele fez a diferença, e ele fazia mesmo.

Boteco – Ele entrava e resolvia?

Róbson – Poxa vida. Teve jogo lá mesmo que ele entrou no intervalo, ele fez dois gols. Pô, a bola viajando lá assim, eu, você, qualquer outro jogador, ia subir de cabeça. Ele subiu, matou a bola no peito, ameaçou que ia bater, com aquele jeito dele, o goleiro caiu, ele colocou do outro lado. Fantástico, um dos melhores que eu vi jogar, atacante.

Boteco – Róbson volta para contar a época em que treinou no Mogi Mirim e Guarani e aborda as tentativas frustradas de ser um jogador profissional.

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