sábado, novembro 23, 2024
INICIAL☆ Capa EsporteRóbson Tibúrcio aborda as tentativas de ser profissional

Róbson Tibúrcio aborda as tentativas de ser profissional

Na terceira edição de suas histórias, o jogador de futebol amador Róbson Tibúrcio recorda as experiências frustradas na tentativa de realizar o sonho de ser profissional.

Boteco – Você chegou a tentar ser profissional?

Róbson – Eu tentei, eu estive no Guarani tentando, treinando. Tive em vários lugares. E hoje com a cabeça que eu tenho, eu digo que tinha 70% de vontade e apenas 30% de talento. Mas hoje Deus me honrou, e meu filho (Diogo Tiba, atleta das categorias de base do Corinthians) é 70% de talento e os 30% ele corre atrás.

Boteco – Como surgiu a chance no Guarani?

Róbson – Lá no Ceasa, quando eu era moleque. Quando eu não estava atrás de bola, eu estava trabalhando. Trabalhava no Zorzetto, na Rua do Tucura, fazia Ceasa. E tinha um dono de boxe no Ceasa, que tinha um contato lá. E eu chegava lá, descarregando. Ele falou: “vou arrumar pra você um teste lá”. “Você não vai fazer isso pra mim?”. “Vou”. Aí fui, me levou. Fiz o teste, mandou voltar. Voltei, fiz, treinei uns tempinhos, mas quando chegou na época de começar o campeonato, de federar, não fui federado. Aí desanimei, não dá mais, a idade vai chegando e você vai entendendo.

Boteco – Lembra de alguma história nos testes?

Róbson – Hoje eu entendo que não é catar a bola, sair correndo, fazer o gol. Os caras estão vendo fundamentos, se bate bem na bola, se tem visão de jogo. Quem me aprovou no Mogi foi o Val. Já chegou vez de chegar jogador que fez 3, 4 gols no jogo e saía reclamando. Aí ele estava me explicando. Não é o chegar e fazer quatro, cinco gols. Tem que ver que jeito que foram os gols. Às vezes, a bola vem, você tá sozinho, tum, fez o gol. Ou você pegou uma bola, fez uma tabela e fez o gol. Tem que ver a jogada em si. Hoje eu entendo que não tinha que ser mesmo, talvez, é o que eu e Willian (ex-técnico do Guaçuano e empresário de atletas) conversamos muito sobre isso. Hoje o cabeça de bagre, bem treinado fisicamente, joga. Porque hoje eles buscam muito o físico e não mais o talento.

Boteco – Como foi a oportunidade de treinar no Mogi?

Róbson – O Val me levou, levou bastante jogador do Davoli e treinei com eles. Eu jogava de lateral-direito. Aí no Davoli teve um jogo que fomos jogar em Ypiranga, em São Paulo, até no dia 7 de setembro. Faltou um atacante. Eu fui de atacante, fiz 3 gols, aí não quis saber mais de lateral.

Boteco – Você foi na excursão para a Argentina?

Róbson – Não cheguei a ir.

Boteco – Ficou triste?

Róbson – Demais, eu o Serginho Stupp, a gente era muito parceiro. Foi triste. A gente não devia ter ido, mas a gente foi lá ver embarcar no Jardim Velho. Saiu do Jardim Velho, foram para São Paulo pegar o avião.

Boteco – Era época de quem no Mogi?

Róbson – Eu treinei ali só, não cheguei a ser inscrito no Campeonato Paulista que disputava na época. Eu treinei uns três meses. Zé Luís, Dênis Marques foi depois.

Boteco – Lembra de alguma história divertida?

Róbson – Na época, a gente curtia o Tio Jordão. E no Tio Jordão era bacana, a gente ficava curtindo, a gente queria estar perto do profissional, dos caras. Na época quem se destacava era Válber, Leto, Rivaldo. Eram os picas, mas o Rivaldo não ia lá. Quem mais curtia era o Leto, o Leto gostava da noite. E a gente ficava naquela. O Binho, filho do Wanderley (ex-roupeiro do Mogi), sempre a gente estava naquele grupinho. Eu, ele e os outros jogadores.

Boteco – Robson volta, no último capítulo de suas histórias, para contar momentos divertidos com personagens do futebol amador.

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments